REGINALDO VERAS COELHO é o nome dele. Natural de Crateús-CE, nascido em 02/01/1973, casado, professor, foi eleito Deputado Distrital em 2018 pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) com 27.998 votos totalizados. Foi o 3º candidato mais bem votado, ficando atrás somente do candidato da Igreja Universal do Reino de Deus, o radialista Martins Machado Eleito (PRB) – o que não conta porque não dá pra disputar com a igreja do Edir Macedo -, e do Delegado Fernando Fernandes, cujos métodos eleitorais prefiro não comentar. Deixemos que a justiça o faça.

O PDT-DF (pelo menos na teoria), desde o segundo turno das eleições de 2018, graças a uma articulação encabeçada pelo deputado distrital Cláudio Abrantes e pelo ex-distrital Joe Valle, apoiaria e integraria o atual governo, tendo vários cargos.

O feudo do PDT no Distrito Federal pertence a Georges Michel, o qual abriu suas portas para Veras, apostou e investiu em sua candidatura, comemorou sua eleição, mas não imaginava os estragos que ele traria ao partido e ao governo ao só pensar em si e querer “pagar” de independente.

A vítima da vez foi o nosso querido Leocádio, que atende pelo nome artístico de “Leo” Bijos (alcunha esta convenhamos, de fato, bem mais agradável), o qual foi sumariamente exonerado após o último “surto” de Veras na tribuna da Câmara.

Mas Veras tem bem em quem se espelhar. Pois é. Quando se trata de seguir “orientações”, nosso querido Michel nada pode falar. Afinal de contas, para não voltarmos muito no tempo, recordemos-nos que nas eleições de 2018, a “orientação” da nacional do seu partido era para que o diretório do DF apoiasse a candidatura de Rollemberg ao Buriti. Todavia, tal como o simpático macaquinho abaixo, Michel “deu uma banana” para a executiva nacional do PDT e apoiou Ibaneis. Logo, Veras só está seguindo o exemplo do presidente de sua legenda. É tipo o sujo falando do mal lavado, sabe como é que é?

Mas quem se deu bem com o “BO” do PDT com o GDF foi o Delmasso e o Hermeto. Ambos souberam aproveitar o desgaste causado por Veras e, malandramente, agiram na surdina explorando a vaga aberta na Secretaria para preencher as lacunas. No poder espaços não ficam vazios, queridos.

Na “corrida maluca” por mais espaço e poder, o deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos), atual vice-presidente da Câmara Legislativa do DF, chegou na frente da disputa e emplacou de cara no cargo de “Léo”, o seu aliado e irmão de fé, pastor Kedson Mário Rocha Cirilo (o da barba esquisita de papai noel), que vinha exercendo o cargo de administrador do Park Way.

Com o “efeito dominó” causado pela troca de cadeiras, Hermeto ampliou o seu feudo e abocanhou o Park Way, indicando o bombeiro Maurício Tomaz da Silva, que não tem experiência nenhuma como gestor público mas… e daí? O importante é ampliar a base da dividida e desgastada PM para os bombeiros. Sera que Tomaz o apoiará mesmo em 2022 ou sairá novamente candidato se aproveitando da visibilidade que o cargo que lhe proporcionará? O tempo dirá…

Depois que Leléo se f*, entrei em contato com a próxima vítima de Veras: Marcelo, administrador do Lago Norte. Ele, com o cú na mão de ser o próximo exonerado, me garantiu: “PDT continua base. Acredita fielmente no governo Ibaneis. E o deputado Reginaldo Veras não fala pelo partido. Quem fala pelo partido é o Dr. Michel. O deputado Reginaldo fala por si só.”

Aham… Para Ibaneis essa não cola, “celinho”. Essa “pica” é do PDT. Vocês que se resolvam ou entreguem todos os seus cargos no governo. Os “urubus” já estão sobrevoando e anseiam por abocanhá-los.

Ibaneis não brinca em serviço. Quem o conhece, sabe. Não tem meio termo. Amigo é amigo. E FDP é FDP. Se a ficha ainda não caiu para o PDT-DF, em breve cairá. E todos verão que a “independência” de Veras tem um preço. E o preço é caro. Veremos se todos os envolvidos estão dispostos a pagar. É, queridos… essa é nosso querido PDT-DF: um partido pra lá de partido.
Por Guilherme Pontes
Editor-chefe do portal de notícias Bomba Bomba!, o portal que fala a língua do povão