InícioDISTRITO FEDERALPráticas integrativas em saúde são estratégia contra crises de enxaqueca

Práticas integrativas em saúde são estratégia contra crises de enxaqueca

Uma dor de cabeça que impede até mesmo apreciar a luz do sol. A enxaqueca, condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, vai além da simples cefaleia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a enfermidade é a segunda maior causa de incapacidade global, ficando atrás apenas da lombalgia. Geralmente, ela surge na puberdade e afeta, principalmente, pessoas com idades entre 35 e 45 anos.

“É possível, por exemplo, que alguns pacientes tenham intolerância alimentar específica. Por isso, é fundamental que as pessoas identifiquem seus fatores desencadeantes, pois isso permite um melhor controle da condição e pode ajudar na prevenção de crises”
Adriana Areal, neurologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Segundo a neurologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Adriana Areal, os episódios de enxaqueca são, normalmente, caracterizados por dores em um dos lados da cabeça. “É uma dor que já vem intensa, com caráter pulsátil e muitas vezes acompanhada de náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som”, explica.

Muitas vezes, pacientes que sofrem de enxaqueca enfrentam dificuldades na realização de suas atividades diárias devido à intensidade da dor, principalmente as mulheres, por causa das variações hormonais. A vendedora Karla Rodrigues, 40 anos, foi diagnosticada com enxaqueca há dois anos e relata que suas crises ocorrem no período pré-menstrual. “Poucos dias antes da minha menstruação, sinto uma dor intensa de um dos lados da minha cabeça. Ela também costuma aparecer quando estou muito estressada”, relata.

A enxaqueca tem uma base genética, mas fatores como estresse, privação do sono, ansiedade, alterações hormonais e alimentação podem provocar episódios | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

As práticas integrativas em saúde (PIS), oferecidas na rede da SES-DF, desempenham um papel importante no alívio da dor e contribuem para o controle da doença, segundo o psicólogo da pasta Wilson Vianna. “Os benefícios das PIS vão muito além do cuidado com a enxaqueca. Eles trazem à pessoa o equilíbrio com ela mesma. Ela sente mais harmonia com quem está em volta. Além de estabelecer uma relação saudável com o meio ambiente em que vive”, aponta.

A rede da SES-DF oferece, hoje, 17 práticas integrativas: acupuntura, arteterapia, auriculoterapia, automassagem, fitoterapia, homeopatia, lian gong em 18 terapias, medicina e terapias antroposóficas, meditação, musicoterapia, reiki, shantala, tai chi chuan, terapia comunitária integrativa, ayurveda, yoga (hatha e laya) e a Técnica de Redução de Estresse (TRE).

As PIS são oferecidas abertamente à comunidade. Algumas delas são voltadas aos usuários das unidades básicas de saúde (UBSs), outras são exclusivas para os servidores de saúde. Além disso, as atividades costumam ser oferecidas de forma regular na própria UBS ou em local próximo.

Causas

A enxaqueca tem uma base genética, mas seus desencadeadores podem variar amplamente de pessoa para pessoa. Fatores como estresse, privação do sono, ansiedade, alterações hormonais e a própria alimentação podem provocar episódios de enxaqueca. “É possível, por exemplo, que alguns pacientes tenham intolerância alimentar específica, como ao vinho, a queijos muito amarelos, a frituras e a algumas frutas cítricas. Por isso, é fundamental que as pessoas identifiquem seus fatores desencadeantes, pois isso permite um melhor controle da condição e pode ajudar na prevenção de crises”, especifica Areal.

O diagnóstico da enxaqueca é clínico, baseado na característica da dor, pois não existe um exame específico para detectá-la. Os exames solicitados pelos neurologistas são para descartar outras condições que podem se assemelhar à doença.

Tratamento

As práticas integrativas em saúde colaboram para a diminuição da dor e também para o controle da doença | Foto: Agência Saúde-DF

O tratamento é multifacetado, incluindo a prevenção de fatores desencadeantes conhecidos e opções farmacológicas e não farmacológicas. “No medicamentoso, há remédios orais que podem ser usados como betabloqueadores, antidepressivos, anticonvulsivantes e, mais recentemente, os imunobiológicos. Ao mesmo tempo, incentivamos mudanças no estilo de vida, como preservação do sono, manutenção de uma dieta balanceada e prática regular de atividade física”, enumera a neurologista da SES-DF.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Fonte: Agência Brasília

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