InícioDISTRITO FEDERALPortaria formaliza programa internacional de uso racional de sangue no DF

Portaria formaliza programa internacional de uso racional de sangue no DF

Foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta quinta-feira (2) a portaria que formaliza o Programa de Gerenciamento do Sangue do Paciente (PBM), coordenado pela Fundação Hemocentro de Brasília (FHB). O PBM é uma metodologia internacionalmente reconhecida que visa otimizar o cuidado aos pacientes, melhorar os resultados clínicos e reduzir transfusões desnecessárias.

A portaria também cria uma câmara técnica, presidida pelo médico hematologista e chefe da unidade técnica da FHB, Marcelo Jorge Carneiro. O PBM será implantado inicialmente em quatro unidades-piloto: Hospital de Base do Distrito Federal, Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Universitário de Brasília (HUB) e Hospital da Criança de Brasília (HCB).

Neste primeiro momento, o PBM será implantado no Hospital de Base do Distrito Federal, no Hran, no HUB e no Hospital da Criança de Brasília | Fotos: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Segundo Marcelo Jorge, a criação da câmara técnica e a formalização do PBM são marcos importantes para a saúde pública no DF. “Essa portaria formaliza o PBM como política de saúde, consolidando o reconhecimento de uma abordagem moderna para o manejo da transfusão de sangue. Trata-se de uma evolução da política de uso racional do sangue que já praticamos na hemorrede do DF, agora ampliada e fortalecida”, ressalta.

O que é PBM

O PBM (Patient Blood Management, ou gerenciamento do sangue do paciente) é uma metodologia multidisciplinar que coloca o paciente no centro do tratamento. O programa adota estratégias preventivas e individualizadas para preservar o sangue do usuário e reduzir a necessidade de transfusões. Entre os focos estão o manejo adequado da anemia, a preservação do sangue do próprio paciente e o uso mais restritivo de transfusões.

O programa adota estratégias preventivas e individualizadas para preservar o sangue do próprio paciente e reduzir a necessidade de transfusões

Reconhecido internacionalmente, o PBM foi aprovado em 2010 pela Assembleia Mundial da Saúde, tendo sidoadotado como padrão pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2011. Desde então, diversos países, como Austrália e membros da União Europeia, vêm aplicando a metodologia. No Brasil, estados como São Paulo e Ceará estão em estágios avançados de implementação.

Com a criação do programa no DF, a expectativa é modernizar a gestão do sangue nos hospitais locais e elevar o padrão de atendimento em saúde pública. “O PBM não é apenas uma política de redução de custos, mas uma prática que oferece melhores resultados para os pacientes e racionaliza o uso dos recursos disponíveis, beneficiando todo o sistema de saúde”, conclui Marcelo Jorge.

*Com informações da Fundação Hemocentro de Brasília

Fonte: Agência Brasília

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