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Pesquisa avalia segurança alimentar no DF considerando recortes de gênero, raça e classe

De acordo com o suplemento de pesquisa Insegurança alimentar em domicílios com crianças na primeira infância, elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF), 30,7% dos lares com crianças na primeira infância estavam em situação de insegurança alimentar, ressaltando a necessidade de políticas públicas voltadas a promover uma boa qualidade nutricional para crianças de até 6 anos.

Entre os lares com crianças de até 6 anos, os melhores índices de segurança alimentar foram observados na classe A, com 95% das famílias mantendo acesso estável a alimentos de qualidade. Por outro lado, na classe DE, 57,1% dos domicílios ainda enfrentam algum nível de insegurança alimentar, reforçando a urgência de políticas públicas direcionadas a grupos vulneráveis.

De acordo com o suplemento de pesquisa Insegurança alimentar em domicílios com crianças na primeira infância, do IPEDF, em 2021, 30,7% dos lares com crianças na primeira infância estavam em situação de insegurança alimentar | Foto: Arquivo/Agência Brasília

O estudo aponta que a maior parte dos lares em insegurança alimentar é chefiada por mulheres negras (41,5%), seguidas por mulheres não negras (29,9%), homens negros (25,3%) e homens não negros (19,8%). Em relação à insegurança alimentar grave, os percentuais também se destacam para domicílios chefiados por mulheres negras (7,4%) e não negras (5,1%), enquanto lares chefiados por homens negros apresentam 4,3%.

“Os resultados demonstram que há um conjunto de interseccionalidades relevantes ao observar os recortes de gênero, raça e classe nesses domicílios, sendo necessário levá-los em conta na elaboração de políticas públicas de enfrentamento insegurança alimentar na primeira infância”, afirma Maria Salete Alves Queiroz, coordenadora de Estudos de Avaliação em Políticas Sociais do IPEDF.

A pesquisa se alinha às metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nº 2 da ONU, que busca erradicar a fome e garantir o acesso a alimentos seguros e nutritivos para todos. Esse alinhamento demonstra que os esforços locais estão conectados a estratégias globais de desenvolvimento sustentável.

Para alcançar esses resultados, o estudo utilizou a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), que avalia a percepção e vivência da insegurança alimentar nos domicílios. Os dados, coletados pela Pesquisa Domiciliar por Amostra de Domicílios de 2021 (Pdad 2021) realizada pelo IPEDF, oferecem um panorama detalhado e fundamental para orientar políticas públicas futuras.

*Com informações do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF)

Fonte: Agência Brasília

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