O Drenar DF, maior programa de escoamento e captação de águas pluviais, não é apenas uma obra de infraestrutura. O projeto busca resolver os problemas históricos de alagamento na região da Asa Norte e impressiona por sua magnitude, tendo impactos sociais e econômicos na vida da população do Distrito Federal. Abaixo, conheça os principais números que mostram a dimensão do empreendimento.
Investimento
Com investimento na ordem de R$ 180 milhões, o Drenar DF é financiado com recursos do Governo do Distrito Federal (GDF) e executado pela Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).
Três fases
Nesta primeira fase do projeto, os trabalhos se concentram nas primeiras quadras da Asa Norte, abrangendo as imediações da Arena BRB (Estádio Nacional Mané Garrincha), passando pelas quadras da Asa Norte 902 (perto do Colégio Militar), 702, 302, 102, 202 e 402, cruzando as W3 e W5 Norte e o Eixo Rodoviário Norte (Eixão), além da Via L2 Norte, chegando à L4 Norte, próximo ao Setor de Embaixadas Norte.
Concluída a primeira etapa do programa, a Terracap deve executar a segunda fase do projeto, que compreende as quadras 4 e 5 até as quadras 14 da Asa Norte. O material está em aprovação na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e aguarda recursos. Um terceiro projeto está em estudo para atender as quadras de finais 15 e 16.
Frentes de serviço
No pico das obras do novo sistema de captação e escoamento de águas pluviais, o Drenar DF contou com 35 frentes de trabalho atuando nos cinco lotes do programa de forma simultânea.
Já em fase final, o programa conta, atualmente, com três frentes de trabalho, que se dedicam à escavação dos metros finais de um dos lotes. Ao final desta etapa, será feita a concretagem dos túneis e o sistema estará pronto para uso.
Empregos gerados
Desde o início das obras, foram criados 450 empregos diretos e indiretos, como operários, engenheiros e técnicos. Os trabalhadores se dividem em fases que vão desde a escavação do solo até a montagem e concretagem dos túneis.
Tamanho dos túneis
Os túneis subterrâneos que compõem o sistema de drenagem somam mais de sete quilômetros de extensão. Com diâmetro de 3,60 metros, essas estruturas foram projetadas para suportar chuvas intensas e transportar grandes volumes de água até os pontos de escoamento. A profundidade dos túneis varia entre 6 e 22 metros.
Poços de visita
Ao todo, o projeto conta com 108 poços de visita. As estruturas verticais possibilitaram a escavação das galerias, por onde passará a água captada pelo sistema de drenagem.
Por serem pontos de partida para a escavação das galerias, as entradas também são chamadas de poços de ataque e darão acesso à rede para manutenção, inspeção e limpeza das galerias, quando as obras forem finalizadas.
As entradas de acesso têm profundidade média de 11,32 metros, e algumas chegam a 21,3 metros de altura – o equivalente a um prédio de seis andares.
Bocas de lobo
Estão sendo instaladas 291 novas entradas de bocas de lobo, que irão duplicar a capacidade do sistema de captação de águas pluviais da Asa Norte.
Os dispositivos serão responsáveis pela coleta e direcionamento da água da chuva para a rede de escoamento, evitando alagamentos e enchentes.
Bacia de detenção
O reservatório do Drenar DF ocupa um terreno de 37 mil m² e está localizado no Parque Urbano Internacional da Paz, no Setor de Embaixadas Norte, às margens do Lago Paranoá. Para se ter ideia, essa área equivale a quatro campos de futebol tradicionais. Além disso, o tanque tem capacidade para reter até 96 mil m³ de água, volume suficiente para abastecer 40 piscinas olímpicas.
A bacia terá a função de reduzir a pressão da água que chega ao lago e o índice de sujeira incorporado a partir do processo de decantação.
Parque Internacional da Paz
Além do projeto de captação de águas pluviais, o Drenar prevê a criação do Parque Urbano Internacional da Paz, que abrigará a bacia de detenção e uma praça.
Com 5 mil m² de área livre, o espaço contará com esculturas e 249 árvores e arbustos, entre espécies para sombreamento, como magnólias-do-brejo, aroeiras-vermelhas e copaíbas, e frutíferas, a exemplo da aceroleira, pitangueira, amoreira, jabuticabeira e goiabeira.
O projeto, desenvolvido pela Terracap em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh-DF) e seguindo exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ainda inclui uma ciclovia de 1,1 km de extensão contornando o parque.
Fonte: Agência Brasília