Há duas semanas os moradores do Itapoã presenciam equipes do GDF trabalhando diariamente por melhorias na cidade. Elas fazem parte do programa Cidade Sempre Viva e atendem solicitações feitas pela comunidade na ouvidoria da administração regional melhorando o dia-a-dia dos 65 mil moradores. Cerca de 200 demandas foram levantadas pela administração e cerce de 20% delas foram solucionadas em apenas 15 dias.
Lançado no último dia 4, colaboradores de um verdadeiro “batalhão” de órgãos públicos executam diversas obras de pequeno e médio portes na cidade, além de fazerem a zeladoria e manutenção da região administrativa, com serviços como a limpeza preventiva das bocas de lobo, a troca das tampas dos bueiros, pintura de meio-fios e troca de alambrados de quadras poliesportivas e parquinhos.
Desde o último dia 4, foram atendidas 35 demandas de retirada de entulhos e 10 pedidos de operação tapa-buracos. Além disso, a quadra 378 do condomínio Del Lago recebeu uma atenção especial: os alambrados da quadra poliesportiva e do parquinho infantil foram trocados e reformados, a área em volta da quadra recebeu roçagem e pintura e a iluminação está sendo trocada. Os equipamentos do espaço de convivência foram substituídos, calçadas foram construídas na quadra e várias ruas foram recapeadas.
O local onde funcionava a antiga horta comunitária, em um terreno ao lado da quadra de esportes, foi limpo e roçado. Mais de 10 toneladas de entulho foram retiradas do espaço.
Quebra-molas foram instalados na via de acesso à Rota do Cavalo (DF-440) e intervenções foram feitas no balão da rodovia para melhorar o trânsito. Na Rota do Cavalo ainda será construída uma ciclovia, entregue com a devida iluminação.
Os moradores agradecem o cuidado. A técnica de enfermagem Katheryne Santiago, 31 anos, mora há sete anos no Itapoã e diz que todos os dias vê pelo menos uma máquina do GDF nas ruas da cidade.
“Antes a cidade era muito abandonada. Suja, com muito entulho na rua, cheia de buracos e obras inacabadas”, relata. Segundo ela, a sensação que os moradores tinham é que ainda viviam em uma invasão, apesar da ocupação ter virado região administrativa em 2005. “Éramos esquecidos aqui, dependíamos do Paranoá para tudo. Agora temos acesso livre à administração e conseguimos resolver aqui os problemas do Itapoã”, completa.
“Na administração não tenho orçamento suficiente, então dependo de outras entidades do governo para atender a comunidade. Uma secretaria me ajuda em uma coisa, uma empresa pública me ajuda em outra. E, quando existe um programa de governo acessamos a todos esses órgãos ao mesmo tempo, a gente fica com superpoderes”, diz o administrador do Itapoã, Marcus Cotrim.
Integração
As ações são coordenadas pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), mas envolvem serviços, e orçamento, de diversos órgãos do governo, como o Departamento de Trânsito (Detran-DF), Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Companhia Energética de Brasília (CEB), Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb). ” A ideia central do Cidade Sempre Viva é a união de todos esses órgãos. Todas essas empresas e órgãos envolvidos na solução desses problemas que a cidade tem serão acionados”, afirma o diretor de Administração da Novacap, Elzo Bertoldo Gomes.
Diferente do GDF Presente que se reveza entre quatro ou cinco cidades e tem um cronograma semanal, as ações do Cidade Sempre Viva são permanentes e não há um prazo para o fim da execução deles. Por enquanto, o programa só acontece no Itapoã, mas a ideia é lançá-lo, simultaneamente, em mais cidades. “Estamos pedindo que as administrações façam uma relação de todas as demandas pendentes. É como se fosse um plano anual de manutenção. Mesmo quando incluirmos novas cidades, o programa não termina na outra. Não tem prazos definidos”, explica Bertoldo.
A Novacap também vai atuar como facilitador e garantir três outras entregas para a comunidade do Itapoã que envolvem grandes obras: um terminal rodoviário, que está em fase de licitação pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob), a Feira Permanente, cujo projeto executivo foi elaborado pela pela administração regional nesses 15 dias e uma unidade básica de saúde (UBS) sob responsabilidade da Secretaria de Saúde. A empresa pública também pretende vistoriar o fim dos trabalhos e o atendimento efetivo das demandas.