Três novas e modernas lanchas adquiridas pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) vão auxiliar a Marinha do Brasil na fiscalização do Lago Paranoá e seus afluentes. Um reforço de peso: três embarcações da marca Highfield, com potência de 150 hp, vão substituir as lanchas antigas da corporação. O investimento é de R$ 630 mil.
Os barcos somam-se aos quatro jet-skis (moto aquáticas) já usados pela Companhia Lacustre da PMDF na tarefa conjunta de proteção das águas do Paranoá. O espelho d’água é reconhecido como um dos pontos turísticos mais democráticos da capital e reúne banhistas, praticantes de esportes náuticos e pescadores.
Mas não é só o lago no coração de Brasília. Afluentes como o córrego Bananal, Torto e a represa da Bacia do Descoberto também são alvos da fiscalização, agora mais qualificada. As lanchas vêm de São Paulo, chegam a 70 km/h e comportam até 14 passageiros. Estarão em ação a partir de janeiro, logo após desembarcarem em solo candango.
“A modernização da frota torna o atendimento das forças de segurança cada vez mais rápido e eficiente, diminuindo a incidência de crimes e aumentando a sensação de segurança da população. Ter um profissional treinado, motivado e bem equipado também significa um atendimento mais rápido”, destaca o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres.
As lanchas são equipadas ainda com GPS, rádio e sonar – aparelho que faz a verificação embaixo d’água. E, o resultado, é mais agilidade e segurança. “Com as novas embarcações, conseguiremos fazer o trajeto entre o pelotão lacustre, na Ponte das Garças, até a Barragem do Paranoá em cerca de oito minutos. É um grande facilitador”, pontua o subcomandante do Batalhão de Polícia Militar Ambiental, major Adelino Oliveira.
Múltiplas atribuições
À Companhia Lacustre da PM, a chamada Polícia das Águas, cabe o policiamento ostensivo dos lagos para coibir crimes comuns, ambientais, além de cuidar da preservação dos mananciais. Um trabalho diário e de 24 horas, em apoio à Marinha do Brasil e outros órgãos como Corpo de Bombeiros, Ibama e Brasília Ambiental.
Delitos como a embriaguez de condutores, o porte ilegal de armas de fogo, roubos, navegação em área proibida e a pesca predatória são monitorados.
“É comum o flagrante da pesca com tarrafas, redes, o que não é permitido no Lago. Principalmente, nas águas que margeiam a Universidade de Brasília e próximo às pontes. O material é apreendido e o pescador multado”, explica Adelino. Uma multa que varia de R$ 700 a R$ 100 mil.
O pelotão auxilia ainda em afogamentos e incidentes com embarcações, juntamente ao Corpo de Bombeiros. E em operações contra a retirada indiscriminada de água dos reservatórios por meio de bombas, ao lado da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa).