Pouco tempo depois de ser oficialmente reconhecida como região administrativa, Água Quente começa a mudar sua realidade com uma série de investimentos do Governo do Distrito Federal (GDF). Criada em dezembro de 2022, a localidade vem ganhando estrutura urbana, melhorias na mobilidade e mais atenção aos serviços públicos.
Para quem vive ali, os sinais de progresso já são evidentes. O empresário Naldo Pereira, morador da região, conta que o sentimento agora é diferente. “A gente sente que, enfim, as coisas estão andando. Tem muita coisa sendo feita, e o que vem pela frente nos dá esperança de um futuro mais organizado”, afirma.
Uma das ações que vêm se destacando é a construção de 2,8 quilômetros de calçadas compartilhadas com meios-fios, ao longo da DF-280. A intervenção teve investimento de R$ 1 milhão, fruto de emenda parlamentar do deputado distrital Jorge Vianna, e foi executada por meio de parceria entre a Administração Regional de Água Quente e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF).
Além das calçadas, foi aplicada uma camada de pavimento fresado para melhorar o acesso de pedestres e ciclistas à área comercial. Em duas semanas de trabalho, foram utilizados 11 caminhões de asfalto reciclado e 14 toneladas de areia, garantindo mais estabilidade e segurança para quem circula a pé ou de bicicleta.
Condições mais dignas no transporte
A mobilidade urbana também tem avançado. Vinte novos abrigos de ônibus foram instalados pela Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), oferecendo mais proteção e conforto para os usuários do transporte coletivo.
Damião Alexandre de Araújo, motorista de aplicativo, relata como essa mudança fez diferença no dia a dia: “Antes, a gente tinha que esperar ônibus sem nenhuma cobertura, no sol ou na chuva. Agora, os pontos já têm abrigo — é mais digno.”
Ele acredita que os investimentos previstos vão transformar a vida da comunidade. “Quando esses equipamentos chegarem de fato, como o Restaurante Comunitário e o posto policial, quem mais vai se beneficiar são as famílias que têm menos recursos. Isso vai ajudar muito.”
Cidade que começa a se consolidar
Gilvan Oliveira da Silva, serralheiro e morador antigo da região, diz que já nota uma mudança na paisagem e no sentimento de pertencimento. “O bairro está ganhando cara de cidade de verdade. Tem calçada, tem asfalto, e agora tem até parada de ônibus estruturada. Antes parecia que ninguém lembrava daqui. Hoje é diferente.”
Gilvan também conta que a mobilidade melhorou bastante. “Antigamente, a gente tinha poucas opções de ônibus. Ou andava até a rodovia ou chamava carro de aplicativo. Hoje, as linhas já estão mais frequentes e os pontos mais acessíveis.”
Novos serviços a caminho
Além das melhorias urbanas, o GDF anunciou um investimento de R$ 60 milhões para a construção de um centro administrativo completo. A estrutura vai abrigar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), uma Unidade Básica de Saúde (UBS), três escolas, um batalhão da Polícia Militar, um Restaurante Comunitário, um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e uma rodoviária.
O terreno da futura UPA já foi cercado, e a base da estrutura começou a ser montada. Para os moradores, o avanço representa mais do que obras: é uma questão de acesso e dignidade.
“Antes, qualquer coisa que a gente precisasse — consulta, documento, atendimento — era preciso ir até o Recanto das Emas ou mesmo até Brasília. Agora, esses serviços vão chegar até nós”, destaca Naldo Pereira.
Outro ponto importante foi a modernização da iluminação pública, com a troca das antigas lâmpadas de vapor de sódio por luminárias de LED, que oferecem mais claridade e eficiência energética, contribuindo também para a segurança da população.
Com obras em ritmo acelerado e novos equipamentos públicos saindo do papel, Água Quente começa a deixar para trás a imagem de cidade esquecida e passa a escrever um novo capítulo em sua história — mais estruturado, mais acessível e mais promissor para quem chama esse lugar de lar.