InícioDISTRITO FEDERALFiéis festejam a padroeira, mas sem procissão

Fiéis festejam a padroeira, mas sem procissão

Pelo segundo ano consecutivo, a festa da padroeira do Brasil e de Brasília, Nossa Senhora Aparecida, não teve a tradicional procissão com milhares de fiéis na Esplanada dos Ministérios. Embora a pandemia da covid-19 tenha mudado a forma de os católicos expressarem a fé e devoção a Maria, os devotos puderam comemorar a data com missas nas igrejas de todo o Distrito Federal. Na Catedral Metropolitana que leva o nome da padroeira, quatro estão sendo celebradas ao longo do dia.

A segunda celebração do dia na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, que teve início às 10h30 desta terça-feira (12), contou com a presença do vice-governador, Paco Britto, e de toda a sua família| Foto: Jaqueline Husni/Agência Brasília

A segunda celebração do dia, que teve início às 10h30 desta terça-feira (12), celebrada, pela primeira vez, por Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília, contou com a presença do vice-governador, Paco Britto, e de toda a sua família. Ele fez a segunda leitura da missa e participou da comunhão, juntamente com a esposa, Ana Paula Hoff, e os filhos Catharina, Cristiano e Flávio.

“A padroeira nos dá essa lição de comunhão, de que a desunião, a separação, não nos conduz a nada. É preciso a comunhão em família, na igreja, no Estado e no país”Dom Paulo Cezar, Arcebispo de Brasília

“Venho todos os anos e, pela segunda vez, vemos a igreja com menos fiéis, cheia de protocolo de segurança, o que é necessário neste momento porque ainda estamos vivendo uma pandemia”, disse o vice-governador. “Mas é uma festa importante do nosso calendário, mostra a devoção dos fiéis a Nossa Senhora Aparecida, que chegou antes da construção da capital”, frisou. A imagem de Maria negra, com manto azul e coroa, chegou a Brasília em 1957, sendo escolhida padroeira ainda à época da construção da cidade.

A igreja tem capacidade para até 360 lugares. No entanto, por causa da pandemia, apenas 120 lugares puderam ser ocupados. O uso de máscaras é obrigatório e, apenas na hora da comunhão, os devotos podem retira-las, colocar a hóstia na boca e recolar a máscara. “Estamos cumprindo todos os protocolos, mas não deixamos de celebrar a padroeira”, lembrou, logo no início da celebração, o arcebispo.

Na homilia – parte da liturgia em que o celebrante fala aos fiéis sem texto escrito -, Dom Paulo Cezar comparou o fato de a imagem de Nossa Senhora ter sido encontrada por pescadores em partes separadas. “A padroeira nos dá essa lição de comunhão, de que a desunião, a separação, não nos conduz a nada. É preciso a comunhão em família, na igreja, no Estado e no país”, disse. “Somente quando uniram as partes, o corpo e a cabeça da imagem encontrada, é que se revelou a beleza da mãe de Deus. O todo fala mais que as partes”, completou.

Outra missa será celebrada às 15h pelo Bispo Auxiliar de Brasília, dom José Aparecido. A última, que começa às 18h, será presidida pelo Bispo Auxiliar de Brasília, Dom Marcony. As celebrações também podem ser acompanhadas por meio da rede social da Catedral e da Rádio Nova Aliança 710 AM e 103,3 FM e pela rádio Canção Nova Brasília 89,1 FM.

Devido à pandemia, a procissão e as três bênçãos – pelos doentes, pelos governantes e pelas famílias brasileiras – foram feitas do lado de fora da catedral. Padre João Firmino, que auxiliou na celebração das 10h30 e que celebrou a primeira missa do dia, às 8h, agradeceu ao Governo do Distrito Federal (GDF) pelos cuidados com limpeza e conservação no monumento. “Aproveitamos a presença do vice-governador para agradecermos por todo o olhar de carinho e cuidado do governo com a Catedral”, disse. Os trabalhos de lavagem dos vitrais, limpeza dos jardins, pintura de meio-fio, poda de árvores e limpeza na parte externa do templo foram realizados pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). Já a Companhia Energética de Brasília (CEB) fez a troca da iluminação externa existente no local por lâmpadas de led.

Fonte: Agência Brasília

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