Do ensino médio à pesquisa científica, quatro estudantes do Centro Educacional (CED) 08 do Gama desenvolveram um experimento de síntese do etanol a partir da fermentação da sacarose, presente na cana-de-açúcar. O projeto conquistou o vice-campeonato na etapa regional do Circuito de Ciências, em 2024, e foi um dos 25 selecionados para compor a 1ª Mostra de Educação em Tempo Integral.
Artur Gontijo, Emanuel Lacerda, João Pedro Gonçalves e Itallo Victor preparam o caldo de cana para a fermentação | Foto: Felipe de Noronha/SEEDF
Os estudantes do terceiro ano do ensino médio Emanuel Lacerda, Artur Gontijo, João Pedro Gonçalves e Itallo Victor, todos de 17 anos, uniram-se em um projeto da escola para testar hipóteses, quantidades e matérias-primas diversas até conseguirem produzir o etanol. Com instrumentos de baixo custo, como garrafa PET, panela de pressão, recipiente de alumínio, mangueira e becker, eles alcançaram o sucesso no experimento realizado no laboratório da escola.
“Foi uma oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre o assunto. Vimos na prática o que não conseguíamos ver dentro da sala de aula, na teoria”
Artur Gontijo, estudante
Empolgados com o mecanismo de transformação do caldo de cana em etanol, os alunos explicaram o processo, desde o início, envolvendo os agricultores, com o plantio e a colheita da cana-de-açúcar até a fermentação, e a etapa bioquímica, que compreende a separação molecular de cada composto.
Artur Gontijo conta ter gostado da experiência: “Foi uma oportunidade de aprofundar o conhecimento sobre o assunto, e não só o professor falando. Vimos na prática o que não conseguíamos ver dentro da sala de aula, na teoria”.
Emanuel Lacerda, por sua vez, se identificou bastante com a área e já está buscando a profissionalização. “Eu já me interessava muito por esse tema; agora, fazendo na prática, gostei ainda mais. Inclusive, eu me inscrevi para ser assistente de laboratório da Embrapa”.
Metodologia ativa
O coordenador pedagógico da escola, Daniel Rodrigues, que acompanhou e orientou os estudantes com a professora Lucília Corrêa, destaca a importância de estimular os alunos: “Essa é uma metodologia ativa, que aborda o ensino de forma investigativa e criativa, tornando a aprendizagem muito mais atrativa para os estudantes. Com as atividades experimentais, eles têm a oportunidade de levantar e testar hipóteses, e realmente chegar ao conhecimento, utilizando um método científico”.
Por meio do experimento, os estudantes produziram óleo essencial e sabão em barra, e descobriram que também podem fazer desinfetante e combustível. “São alunos extremamente dedicados, comprometidos, sempre estão à disposição da escola”, elogia o diretor da escola, Valdevino Sobrinho. “Com esses experimentos, o estudante acaba tendo um pouco da visão do que ele escolherá para a profissão no futuro. Isso é determinante, pois os estimula e abre o leque de possibilidades”.
*Com informações da Secretaria de Educação
Fonte: Agência Brasília