O pronto-socorro de clínica médica do Hospital Regional de Samambaia (HRSam) passará a atender exclusivamente pacientes acometidos pelo novo coronavírus. O anúncio foi feito pela Secretaria de Saúde, nesta quarta-feira (30), durante coletiva de imprensa no Palácio do Buriti. A mudança no perfil de atendimento da emergência passa a valer a partir da primeira fase de ativação de leitos Covid-19 na rede pública de saúde, conforme prevê o Plano de Mobilização de Leitos Covid do Distrito Federal.
A emergência obstétrica e o serviço de cirurgia geral do HRSam continuam atendendo pacientes com ou sem o novo coronavírus. A primeira fase de mobilização de leitos de UTI da unidade já foi concluída com a ativação de vinte leitos. Os dez primeiros entraram em operação no último dia 18 de dezembro e os dez restantes entraram nesta quarta-feira (3).
No total, estão previstos 27 leitos, sendo que os últimos sete dependem de contratação de recursos humanos para funcionar. A previsão é que eles entrem em funcionamento em 20 de janeiro de 2021. O HRSam também possui quatro leitos de UCI e terá outros oito. Serão mobilizados, ainda, 25 leitos de enfermaria.
“Samambaia é uma região de densidade populacional muito alta. Desse modo, decidimos que Samambaia oferecesse um suporte exclusivo de atendimento para Covid-19 na emergência de clínica médica”, explica, o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez.
Atendimento no Hran
O Hospital Regional da Asa Norte (Hran) foi a unidade-referência no atendimento a pacientes com Covid-19 do início da pandemia até o fim da fase mais crítica. A partir de agora, o Hran estará voltado ao atendimento de pacientes portadores do coronavírus em todos os prontos-socorros da unidade.
“Hran tem sua experiência, expertise e desenho que permite ter a emergência para atender Covid não impactando o atendimento para pacientes não Covid em algumas áreas, como cirurgias geral e plástica e a emergência de queimados”, explicou Petrus Sanchez.
Dentro do Plano de Mobilização de Leitos Covid do DF, o Hran já possui 60 leitos de observação no térreo que atendem o perfil de pacientes com Covid. Serão mobilizados outros 52 leitos de enfermaria, seis leitos de UCI e 20 de UTI.
Hospital Regional do Guará
Dentre os hospitais da rede pública do DF, o regional do Guará (HRGu) será o único a não internar pacientes com coronavírus. A unidade está se tornando referência na internação de pacientes em cuidados prolongados nas suas enfermarias. O HRGu, no entanto, manterá um espaço Covid na Emergência para atendimento inicial e direcionará os pacientes diagnosticados para outras unidades.
Já o Hospital de Base – referência em atendimentos de alta complexidade no DF e no Brasil – estará voltado ao atendimento de pacientes portadores de Covid-19 apenas com perfil de atendimento de alta complexidade. As demais unidades devem adequar os seus espaços, com fluxos validados pelos Núcleos de Controle de Infecção Hospitalar (NCIH), para acolhimento e atendimento inicial em Clínica Médica de pacientes portadores de enfermidades Covid ou não Covid.
Todas as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) também devem adequar os seus espaços para que permaneçam, preferencialmente, atendendo pacientes portadores de enfermidades não Covid, mas que tenham uma pequena ala Covid para um primeiro acolhimento e atendimento ao paciente, com posterior direcionamento, sob prioridade da Central de Regulação de Internação Hospitalar por se tratar de unidade de atendimento pré-hospitalar fixo, a uma unidade de internação.