InícioDISTRITO FEDERALEm dez anos, 20 mil atendimentos médicos foram feitos no metrô

Em dez anos, 20 mil atendimentos médicos foram feitos no metrô

Diariamente, mais de 130 mil pessoas circulam pelas estações do Metrô de Brasília, um sistema complexo, de alta capacidade, que transporta pessoas com todas as suas dores, angústias, problemas, correrias do dia a dia. Não é raro, portanto, alguém precisar de um atendimento ou de um acolhimento num momento de pânico, por exemplo.

Todas as 27 estações do Metrô-DF contam empregados capacitados para atender o público em situações de primeiros socorros | Fotos: Asley Ribeiro/Metrô-DF

Os agentes e inspetores estão nas estações também para prestar esse auxílio à população. Nos últimos dez anos, foram registradas 20 mil ocorrências de atendimentos de primeiros socorros – 84% delas foram por mal súbito, a perda repentina de consciência.

O mal súbito é um sintoma que pode ser provocado por diversas causas, o que inclui condições momentâneas (desidratação, estresse, queda de pressão, por exemplo) ou quadros mais graves (como aneurisma, arritmia e infarto). Mas há ocorrências diversas, como convulsões, engasgos, trabalho de parto e até parto (o último parto ocorrido no sistema foi em 2018, na estação Shopping).


“Tivemos um aumento de atendimentos de crises nervosas dentro do sistema em função da pandemia”
Paula Marinho Pessoa, gerente de segurança

Há também casos de auxílio público de pessoas feridas. Essas são ocorrências que não ocorrem dentro do sistema, mas recebem auxílio de funcionários do Metrô-DF. Esse tipo de situação corresponde a 3% dos atendimentos.

Em 2020, foram 1.117 atendimentos; em 2021, 1.233; já em 2022, até maio, foram registrados 647. “Tivemos um aumento de atendimentos de crises nervosas dentro do sistema em função da pandemia da covid-19. “Houve um caso em que uma mesma usuária necessitou de assistência nesse período mais de uma vez, com os mesmos sintomas, em dias diferentes”, conta Paula Marinho Pessoa de Camargo, gerente de segurança.

Segundo Paula Marinho, muitas vezes as pessoas precisam de um acolhimento. “Principalmente na pandemia, percebemos que muitos precisavam de um conforto psicológico, uma atenção. Em casos mais graves, já houve o acompanhamento da equipe psicossocial do Metrô, que atua em conjunto com outros órgãos do governo para conseguir atendimento especializado”, explica.

Os empregados são treinados para realizar atendimento em primeiros socorros, com ou sem encaminhamento hospitalar, ou até a chegada do Corpo de Bombeiros/Samu

O sistema metroviário atualmente conta com 27 estações, todas com empregados capacitados para atender o público, dispondo ainda de sete postos de segurança (inspetorias) e um Centro de Monitoramento de Segurança (CMS).

Neste, são realizadas atividades de monitoramento (CFTV) e, quando necessário, acionamentos de empregados da operação ou dos órgãos externos nos atendimentos emergenciais durante a operação comercial, neste caso, o Centro Integrado de Operações de Brasília (Ciob).

Os empregados da operação são treinados para realizar o atendimento em primeiros socorros, com ou sem encaminhamento hospitalar, ou até a chegada do Corpo de Bombeiros/Samu. Hoje, além dos kits completos de primeiros socorros, o Metrô opera com três ambulâncias equipadas para transporte até hospitais e UPAs.

Além disso, as estações, o Centro Administrativo e Operacional (CAO) e os veículos de emergência contam com Desfibrilador Externo Automático (DEA) para casos de arritmia cardíaca e fibrilação ventricular, que podem evoluir para uma parada cardiorrespiratória.

Para a gerente de segurança, Paula Camargo, que entrou como agente de segurança em 2009 e está na gerência desde outubro de 2021, socorrer as pessoas em momentos de dor e desespero faz parte do trabalho que não é visível para quem observa o sistema sob outros ângulos.

“O dia a dia é difícil e nem sempre a população consegue ter a dimensão do trabalho que realizamos. Exige muito comprometimento e equilíbrio para lidar com as situações. Então, quando recebemos um agradecimento, um elogio ou podemos contribuir para salvar uma vida, temos a sensação de dever cumprido”, diz Paula.

*Com informações do Metrô-DF

Fonte: Agência Brasília

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