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Conheça os sistemas de criação intensiva de peixes

Inovações tecnológicas para criação de peixes em sistema intensivo poderão ser vistas no circuito tecnológico de aquicultura da Emater durante a AgroBrasília 2022, de terça (17) a sábado (21), no PAD-DF.

Os visitantes poderão conferir o tanque de ferrocimento com sistema de aeração e sedimentação, um viveiro escavado com aeração e uso de energia fotovoltaica e a criação de peixes e camarões em sistema de bioflocos e aquaponia, além de tanques de geomembrana.

Uso de proteína derivada de insetos é uma das novidades apresentadas para a piscicultura

Tecnologias mais avançadas para a piscicultura serão mostardas na feira | Foto: Divulgação/Emater

Também haverá demonstração de aquicultura integrada, com uso de reservatório de irrigação para a produção de peixes. No circuito, haverá ainda a presença de duas startups.

Uma delas apresentará a produção de microalgas, que podem ser usadas no condicionamento do solo (biofertilizantes), aproveitadas na alimentação humana e de animais e na produção de biocombustíveis.

A outra vai abordar o uso de proteína de inseto na alimentação de peixes. A substituição de proteína de origem animal por proteína de insetos é uma alternativa para o enriquecimento nutricional das dietas e na redução dos custos de produção.

Redução de custo

O circuito de aquicultura também mostra um estudo de viabilidade técnica e econômica da criação de tilápias no sistema bioflocos, que permite produzir até 30 vezes mais peixes utilizando 20% da água de um sistema de criação intensivo tradicional e com até 30% menos ração.

Neste sistema, partículas suspensas de microalgas e bactérias agregadas em restos de ração garantem uma parte dos nutrientes necessários para o desenvolvimento dos peixes e permitem que a água seja reutilizada.

“O sistema bioflocos é uma alternativa para produção intensiva de peixes em locais onde não há muita disponibilidade hídrica e de área física, além de melhorar as respostas de ganho de peso, conseguindo produzir mais quilos de peixe por metro cúbico”, explica o coordenador do Programa de Aquicultura da Emater, Adalmyr Morais.

Segundo ele, em um sistema convencional produz-se 1 kg/ m³, enquanto a produção por bioflocos chega a 30 kg/m³. Além de demandar menor renovação de água na produção, o sistema gera menor gasto com ração, já que o biofloco pode ser consumido diretamente pelos peixes.

Há também redução no consumo de ração, um dos principais insumos na criação de peixes, que corresponde a até 70% do custo de produção. Mas a redução proporcionada pela técnica do biofloco implica aumento de gastos com outros insumos, como energia elétrica e estrutura física para a criação dos peixes.

“Por isso, por meio de um estudo de viabilidade econômica, a Emater concluiu que o sistema é viável apenas na fase inicial de crescimento dos peixes, de alevino para juvenil”, ressalta Adalmyr.

*Com informações da Emater

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Fonte: Agência Brasília

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