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Como acolher uma criança em um lar provisório


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Há treinamentos e cursos, atualmente por sistema remoto, para quem se habilita a acolher | Foto: Divulgação

Oficializada em 2018, a parceria da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) com o Grupo Aconchego, por meio do qual se desenvolve o programa Família Acolhedora, começou a dar frutos em 2019, quando a instituição passou a oferecer palestras de capacitação às famílias interessadas em acolher uma criança.

A procura é grande, mas nem todos se sentem capazes de atender os critérios determinados e chegar ao final do processo.  “Já recebemos 50 pessoas interessadas em participar do projeto, mas esse número foi caindo ao longo da formação até que chegássemos a sete famílias aptas e habilitadas a atender o que se pede”, explica a psicóloga Júlia Salvagni, e coordenadora técnica de acolhimento familiar.

A instituição estuda a intenção de cada família inscrita, que passa por um curso de formação de seis etapas. Na última fase, recebem uma visita técnica em casa, que avalia as condições de estrutura e espaço que servirá de lar temporário para a criança.

Todos os meninos e meninas que precisam se afastar dos pais ou responsáveis temporariamente são encaminhados à Sedes pelo Conselho Tutelar, por meio de uma determinação emergencial da Vara de Proteção da Infância e da Juventude do DF.

Qualidade de vida

O Brasil é signatário da Organização das Nações Unidas (ONU) de promover o acolhimento familiar com atenção à primeira infância. O Distrito Federal conta, hoje, com 18 famílias aptas a participar dessa roda de proteção criada pelo Estado. Dessas, 14 já receberam meninos e meninas – algumas, mais de uma vez -, sendo que quatro famílias se capacitaram recentemente. Atualmente, oito menores estão em processo de acolhimento.

Secretária de Desenvolvimento Social do DF, Mayara Noronha Rocha ressalta que o cuidado e a atenção que as famílias acolhedoras dão para às crianças vão fazer a diferença na história de vida delas quando crescerem. Ela antevê “qualidade de vida e um futuro melhor” para essas crianças.

Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Acompanhamento e ajuda

Além do monitoramento de todas as ações realizadas pelo Grupo Aconchego, o GD), por meio da Sedes, dá uma ajuda de custo proporcional ao tempo de acolhimento e à necessidade de cada criança. Enquanto isso, a Vara da Infância recebe relatórios trimestrais de todos os atendimentos e acompanhamentos. A partir desses dados, são trabalhados os casos para desfecho.

Atualmente, o programa atende somente crianças de zero a seis anos, mas os planos são de ir além. “Nossa intenção é fazer o programa crescer, recebendo mais pessoas interessadas e capacitadas em ajudar, ampliando essas idades até a adolescência”, adianta a diretora do serviço de acolhimento da Sedes, Daura Carolina de Campos.

Interessados em se candidatar ao programa Família Solidária podem obter mais informações no perfil do Grupo Aconchego no Instagram (@aconchegodf) ou enviando um e-mail para familiaacolhedora.aconchego@gmail.com. Por imposições da pandemia do novo coronavírus, as seis reuniões de formação ocorrem virtualmente, com média de duas horas de duração cada uma.

Arte: Agência Brasília
Fonte: Governo DF

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