Na manhã desta segunda-feira (23), o Hospital de Base foi tomado pelo espírito natalino com a emocionante entrega de presentes para pacientes da oncologia. A iniciativa, que teve início em 2023 com o propósito de atender aos pedidos de pacientes das unidades de psiquiatria e oncologia, ganhou força e, este ano, chegou a cinco setores: psiquiatria, oncologia, pediatria, cardiologia e neurocirurgia.
O projeto nasceu no Serviço de Saúde Funcional do Hospital de Base, idealizado por Ágda Aguiar, chefe da área. “A internação hospitalar é um momento desafiador, especialmente em datas comemorativas como o Natal. Muitos pacientes enfrentam a solidão e a desconexão com o mundo exterior. As cartinhas representam mais do que simples pedidos de presente: são uma forma de terapia, que permite aos pacientes expressarem seus sentimentos e se sentirem acolhidos”, destaca Ágda.
Este ano, 129 cartinhas foram atendidas, revelando desejos, sonhos e emoções pessoais. Entre os pedidos, estavam desejos de cura, manifestações de gratidão, reconciliações, itens simples de uso pessoal e até um misto-quente. A mobilização dos colaboradores do hospital criou uma verdadeira corrente de solidariedade, garantindo que cada desejo fosse atendido.
A entrega dos presentes foi feita de forma voluntária por um casal vestido de Papai e Mamãe Noel, pais de uma colaboradora do IgesDF, enquanto o som de músicas natalinas tocadas ao vivo pelo violonista Paulo Henrique Marcineiro trouxe ainda mais magia ao momento.
Entre os pacientes, a história de Silvia Cristina Aragão, 56 anos, emocionou a todos. Silvia, que enfrenta o câncer de mama, recebeu uma peruca e um par de tênis, pedidos feitos cheio de esperança. “Foi o primeiro presente de Natal que recebi do Papai Noel. Esse gesto significa muito para mim. Estou muito agradecida por todo o cuidado que recebo aqui”, disse Silvia, com lágrimas nos olhos.
Além dos presentes, os pacientes receberam afeto, empatia e o apoio de uma equipe dedicada a transformar momentos difíceis em memórias especiais. “O que nos motiva é a possibilidade de fazer a diferença, mesmo que seja por meio de um gesto simples. Ver os pacientes sorrindo é a maior recompensa”, conclui Kelly Santana.
*Com informações do IgesDF
Fonte: Agência Brasília