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Cadastro de Empregabilidade abre portas do mercado de trabalho para pessoas com deficiência

Conseguir um emprego nem sempre é fácil. Para pessoas com deficiência, os obstáculos costumam ser ainda maiores. Para enfrentar essa realidade, a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) criou o Cadastro de Empregabilidade, uma iniciativa que conecta candidatos a empresas parceiras. Em um ano e meio, o programa já garantiu mais de 200 contratações, de um universo de quatro mil inscritos, com o apoio de cerca de 100 empresas.

O secretário da pasta, Willian Ferreira da Cunha, destaca que o trabalho é a chave para a verdadeira inclusão. “O emprego é a porta de entrada para o protagonismo. Benefícios sociais são importantes, mas não oferecem crescimento ou independência. É o trabalho que abre caminho para conquistas maiores”, defende.

As vagas chegam por meio de empresas parceiras e são repassadas em grupos de WhatsApp exclusivos para os cadastrados. Para participar, é preciso estar inscrito no Cadastro da Pessoa com Deficiência (CadPCD), que pode ser feito on-line ou no posto da secretaria, na Estação 112 Sul do Metrô. Documentos como o Cartão de Identificação da Pessoa com Deficiência e a Carteira da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) são necessários para validar a inscrição.

Segundo a diretora de Inclusão Profissional da SEPD, Andressa Matias, o processo é simples: “O candidato entra no grupo, acompanha as vagas e, quando se interessa por uma, fala conosco em particular. A partir daí, damos todo o suporte até a entrevista”.

Além de receber candidatos, a secretaria também busca empresas. “Assinamos termos de cooperação com cada parceira. Algumas nos procuram pelas redes sociais, outras pelo site. Assim, conseguimos criar uma rede que funciona para os dois lados”, explica Andressa.

A proposta da SEPD vai além do encaminhamento. Em parceria com o Senac, os candidatos recebem capacitação antes de entrar no mercado. Um novo acordo com o Sebrae está em fase de formatação para apoiar iniciativas de empreendedorismo.

Outro diferencial é o acompanhamento pós-contratação. Após 90 dias, a secretaria ouve tanto o contratado quanto a empresa para avaliar a adaptação. “Colocar alguém na vaga não é o fim do processo. Inclusão de verdade exige acompanhamento e diálogo. Estrutura acessível é lei, mas atitude se conquista com convivência”, reforça Cunha.

Histórias como a de Tatiane Rocha, 49 anos, mostram o impacto do projeto. Ela conseguiu uma vaga de assistente administrativa em setembro. “Foi rápido, tranquilo e acolhedor. Hoje estou feliz de ter voltado ao mercado”, comemora.

Já Fernanda Sousa, 37 anos, ainda está em busca de uma nova oportunidade, mas segue confiante. “O programa já me ajudou antes e acredito que vai ajudar de novo. Ele é essencial porque garante chances para quem muitas vezes não encontra apoio. Inclusão é direito de todos e dever do Estado”, afirma.

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