Desde que se tornou oficialmente uma Região Administrativa em 2022, Água Quente, no Distrito Federal, tem vivenciado uma série de melhorias que impactam diretamente a qualidade de vida dos seus aproximadamente 30 mil habitantes. Antes vinculada ao Recanto das Emas, a comunidade tem ganhado atenção especial do governo, com obras estruturantes que vão desde pavimentação e iluminação pública até a construção de equipamentos essenciais, como a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e novas escolas.
Morador da região há 25 anos, o armador Simplício Iranda, 54 anos, destaca a transformação que presenciou. “Quando chegamos, não existia sequer uma estrada adequada, e o transporte público era inexistente. Hoje, temos ruas pavimentadas e ônibus circulando, além da construção de uma UPA, escolas e até um batalhão da polícia bem próximo de casa. Isso mudou nossa rotina e trouxe mais esperança para a comunidade”, afirma.
A administradora regional, Lúcia Gomes, detalha os investimentos que estão em andamento. “A obra da UPA já está em fase inicial, com cercamento da área e montagem da base da estrutura. O projeto inclui ainda a construção de duas escolas, uma creche, restaurante comunitário, terminal de ônibus, o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e uma unidade com gestão compartilhada entre as polícias Civil e Militar”, explica.
Além das construções, Água Quente recebeu melhorias significativas na iluminação pública. A substituição das antigas lâmpadas de vapor de sódio por luminárias em LED, num investimento de cerca de R$ 1 milhão, trouxe mais segurança e eficiência energética para a região. Recentemente, a inauguração da Escola Classe Água Quente também reforçou o compromisso com a educação local.
A mobilidade urbana é outro ponto em destaque. Para garantir maior segurança a pedestres e ciclistas, o governo implantou 2,8 quilômetros de calçadas compartilhadas, com meios-fios, às margens da rodovia DF-280. Essa obra, fruto de uma emenda parlamentar no valor de R$ 1 milhão, beneficia o trecho que liga Água Quente à divisa com Santo Antônio do Descoberto (GO) e ao Condomínio São Francisco, áreas com grande fluxo de pessoas. Antes, os moradores dividiam espaço com veículos em alta velocidade, o que colocava em risco a segurança de quem se deslocava a pé ou de bicicleta.
Comerciantes locais já sentem os efeitos positivos das mudanças. Maria Cícera Queiroz, de 65 anos, que trabalha há três anos vendendo frutas às margens da DF-280, comenta que as calçadas trouxeram mais conforto e segurança. “Agora, os pedestres, principalmente os mais velhos, têm por onde caminhar sem medo. E para a gente, que trabalha por aqui, a cidade parece estar mais organizada e acolhedora”, avalia.
A soma desses investimentos, somados à presença do poder público na região, reforça a valorização do bairro e a melhoria da qualidade de vida dos moradores. Para Simplício, que acompanhou toda essa trajetória, a mudança é motivo de orgulho. “Hoje, a gente vive com mais dignidade e vê que o lugar onde moramos está se desenvolvendo de verdade”, conclui.
