Brasiliense e moradora de Águas Claras, a nadadora Ágatha Marcondes Amaral, 12 anos, retornou profissionalmente às piscinas, neste mês, com a bola toda. Representante da equipe da Aquanaii, academia que utiliza o espaço da Associação dos Servidores do Banco Central (Asbac), ela quebrou o recorde absoluto do DF nos 400 metros medley, com o tempo de 5:04:91, em competição organizada pela Federação Aquática do Distrito Federal. A jovem é beneficiária dos programas Bolsa Atleta e Compete Brasília, da Secretaria de Esporte e Lazer (SEL).
“Fiquei bem feliz”, conta Ágatha, nadadora da categoria Infantil I. “No início, minha meta era ficar abaixo dos 5:15:00. Agora, meu objetivo é bater o recorde brasileiro”. A oportunidade de quebrar essa marca será no Troféu Brasil de Natação 2020, de 9 a 12 de dezembro, no Rio de Janeiro. E Ágatha está chegando perto: quem mantém o menor tempo nacional, desde 2013, é a nadadora Maria Luiza Pessanha, com a marca de 5:03:70.
Apoio do GDF
Por meio do programa Compete Brasília, Ágatha conseguiu viajar para importantes torneios, como os Jogos Escolares de 2019, em Blumenau (SC). Com o Bolsa Atleta estadual, ela tem acesso a serviços e equipamentos essenciais do cotidiano de uma atleta de alta performance, como consultas de nutricionista e fisioterapeuta, além de materiais de natação para os treinamentos. “Acho muito interessantes esses benefícios, porque consigo me manter focada nas minhas provas”, diz.
Este ano, devido à pandemia de Covid-19, boa parte do calendário esportivo brasileiro foi cancelada desde março, sendo retomada gradualmente em cada estado. No entanto, como tem uma piscina de 12 metros em casa, Ágatha continuou nadando diariamente para manter o condicionamento físico em dia. O treinamento também acontecia por meio da plataforma virtual do Zoom. Após a autorização do Governo do Distrito Federal (GDF) para uso das piscinas, a rotina da atleta retomou o ritmo intenso dividido entre práticas de natação, exercícios físicos, pilates e fisioterapia.
No DF, ela coleciona destaques nas provas de 400m e 200m medley e 200m livre. A nadadora já está entrando no ciclo olímpico, que exige maior dedicação, e pode brigar por uma vaga na edição de Paris, em 2024. Sua estreia em competições internacionais aconteceu em março deste ano na Copa Uana, em Lima, no Peru, onde conquistou quatro medalhas: duas de ouro nos 200 medley e revezamento de 4 por 50m livre; prata nos 100m livre e bronze nos 100m peito. Antes do Troféu Brasil, a brasiliense ainda participa do Brasileiro, em novembro.
O início
Influenciada pela irmã mais velha, que já nadava no Colégio La Salle, Ágatha se sentiu atraída para ingressar também na modalidade. Aos cinco anos, competiu pela primeira vez. “Aquele dia ficou marcado para mim”, conta. No Complexo Aquático Claudio Coutinho, conhecido na época como Defer, ela levou o terceiro lugar nos 50 metros livre.
A irmã seguiu outro rumo, a medicina, mas Ágatha continuou na natação. Até o fim de 2018, ela fazia parte da equipe do Iate Clube, onde conquistou marcas importantes. Desde o ano passado, integra o time que treina na Asbac.
* Com informações da SEL