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Volta às aulas: vacinar crianças e adolescentes pode evitar complicações e transmissão de doenças

Bruno Brandão – Ascom HGWA – Texto
Bruno Brandão – HGWA e Davi Pinheiro – Casa Civil – Foto
Iza Machado – Sesa – Infografia

Na rede estadual, o ano letivo começa no dia 29 de janeiro

O início de um ano letivo chega com muitas expectativas. Para os alunos menores, muitas vezes é a primeira experiência em um ambiente escolar e é também o período em que as crianças acabam adoecendo. Pensando em evitar alguns problemas de saúde, é importante seguir alguns cuidados, entre eles, manter o cartão vacinal atualizado.

A médica Monya Garcia, que atua no Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), lembra que no período de volta às aulas as crianças retornam ao maior e mais intenso convívio entre si, facilitando a transmissão de doenças. A pediatra enfatiza que várias delas, principalmente as infecciosas, são imunopreveníveis, ou seja, podem ser evitadas ou amenizadas com a vacinação.

A aplicação das vacinas colabora para evitar diversos problemas de saúde

“Como se apresentam com o sistema imune ainda em desenvolvimento, naturalmente as crianças possuem uma tendência maior a apresentar doenças infecciosas, principalmente aquelas que são transmitidas por gotículas, ou seja, por meio de partículas que estão presentes na saliva e que se disseminam através do ar e do compartilhamento de brinquedos e objetos que levam à boca. Graças ao grande avanço científico em que se configura a vacinação, inúmeros desses agentes infecciosos deixaram de circular na nossa sociedade, mantendo nossas crianças protegidas”, destaca.

O Ministério da Saúde conta com o Programa Nacional de Imunização que garante vacinas eficazes e seguras para toda a população, com foco principalmente nos primeiros anos de vida, quando o sistema imune ainda está em desenvolvimento. No calendário das crianças, estão programadas vacinas contra agentes que podem causar doenças infecciosas graves que podem levar a sequelas e até a óbito, como pneumonias, meningites, coqueluche, catapora, caxumba, sarampo, tétano, entre outras.

“Algumas vacinas também necessitam de reforços programados para a manutenção da proteção, como é o caso da Influenza e da Covid-19. Graças à vacinação, algumas doenças que causaram muita dor no passado já não fazem parte do nosso cotidiano, como a poliomielite e a difteria. Para que continuem longe de nós e a história não volte a repetir, não podemos deixar de vacinar. As vacinas salvam vidas, as vacinas mudaram a história”, afirma a médica pediatra.

Para as crianças que estão ingressando em um ambiente escolar ou creche, a principal orientação para manter a saúde das crianças é atualizar o calendário vacinal. Embora às vezes seja inevitável que a criança pegue alguma virose, aquelas vacinadas terão sintomas com menor intensidade e gravidade. Outro ponto levantado pela médica, é que os pequenos que estiverem com algum sintoma devem permanecer em casa.

“Quando a criança apresentar sintomas, o ideal é que se mantenha em repouso em casa com boa alimentação, hidratação e lavagem nasal, apenas retornando às atividades escolares após resolvido o quadro infeccioso. Dessa forma, ajudamos a conter os vírus circulantes, impedindo que sejam transmitidos para outras crianças e permitindo uma melhor recuperação“, orienta.

Além da vacinação, outra forma de manter a imunidade da criança bem protegida é no cuidado com a alimentação. “A melhor receita para melhorar a imunidade das crianças é manter uma rotina de alimentação saudável e balanceada. A lavagem nasal pode ser uma boa aliada no controle dos quadros respiratórios, seguindo corretamente a técnica adequada para cada faixa etária”, diz Monya.

Quadra chuvosa

É importante acompanhar a caderneta de vacinação da criança na qual constam as datas e período de cada vacina

A pediatra esclarece ainda que os períodos chuvosos são os de maiores índices de doenças nas crianças. Sendo um momento de atenção maior para os pais. “Durante a quadra chuvosa, as pessoas tendem a ficar mais aglomeradas em locais com menor circulação de ar, além de aumentar o risco de focos de água parada. Dessa forma, durante o período de chuvas, circulam com maior facilidade os vírus causadores de patologias respiratórias, gastroenterites e arboviroses”, aponta.

Dia D de Vacinação

A Saúde do Ceará recomenda aos municípios a realização de Dias D mensais para estimular a atualização da caderneta de vacinação. Neste mês, tendo em vista o retorno das atividades escolares, a data sugerida para a mobilização é no dia 27 de janeiro. Para receber o imunizante, a população deve buscar os locais de vacinação de acordo com a programação de sua cidade. Já durante a semana, a recomendação é buscar o posto de saúde mais próximo de casa e atualizar o esquema vacinal.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

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