Com um trabalho voltado à aproximação entre segurança pública e população, a Assessoria de Polícia Comunitária (APCom) da Polícia Militar do Ceará (PMCE) intensificou os trabalhos de proximidade e de prevenção em regiões onde foram registradas incidências de crimes em Fortaleza, como ameaças contra moradores. Por meio de ações proativas, policiais militares visitam imóveis na Capital, onde são feitos cadastros de moradores a fim de estabelecer um acompanhamento das pessoas residentes na região.
Atualmente, a iniciativa ocorre no bairro Floresta, mais especificamente na região da Lagoa do Urubu; e em conjuntos habitacionais de Fortaleza, como o Cidade Jardim 2 (Conjunto José Walter), Residenciais Alameda das Palmeiras e Luiz Gonzaga (Ancuri), e Residencial Maria Tomásia (Jangurussu). Ainda nesta semana, existe a previsão do início das atividades no bairro Vila Velha, também na Capital. Com essa aproximação, a PMCE identifica quando uma pessoa que não reside naquela área chega ao local alegando ser o proprietário de algum imóvel.
O assessor da APCom, capitão PMCE Messias Mendes, explica que nesses locais existem duas frentes de atuação. “São ações proativas, com uma presença fixa e mais intensa da PM dentro das comunidades, legitimando a autoridade do Estado nesses territórios. A primeira é feita pelo Grupo de Prevenção Focada, com policiais treinados para repressão qualificada, com atuação 24 horas e utilizando da orientação do policiamento de precisão. Nós humanizamos essa modalidade, mas as abordagens são direcionadas para aqueles que são potenciais suspeitos de crimes nesses locais”, explica.
O oficial cita ainda que a outra vertente é feita pelo Grupo de Segurança Comunitário (GSC) atuante em cada comunidade. “A outra iniciativa é o mapeamento da região, com cadastramento de moradores e assegurando o acompanhamento personificado dessas pessoas. Durante esse trabalho, se nós identificarmos alguém envolvido em crimes de ameaça contra moradores e tentando se apossar de um imóvel alheio, essa pessoa será presa e responderá penalmente. Então, isso gera um desestímulo muito grande ao crime”, ressalta.
Proteger
A territorialização das ações da forças de segurança em parceria com demais instituições governamentais é uma forte estratégia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) para combater crimes, principalmente em comunidades. O Programa de Proteção Territorial e Gestão de Riscos (Proteger) será expandido para outras regiões de Fortaleza, além de Caucaia e Maracanaú ainda em 2020. Atualmente, a iniciativa conta com 29 bases na Capital. Nesses pontos, a SSPDS mapeou 70 indicadores como renda, saneamento e educação, com o objetivo de traçar estratégias integradas com a Prefeitura e Estado, Polícia e demais órgãos, visando melhorar a situação dos microterritórios no município. A presença permanente da Polícia neutraliza a ação de grupos criminosos e constrói uma relação de confiança junto aos moradores.