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Pela história e pela memória: Cineteatro São Luiz exibe obras artísticas sobre período da ditadura militar


Nesta quarta-feira (31), fazem exatos 57 anos do Golpe Militar. Pela memória e pela história, o Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), coloca no ar uma playlist que traz entrevista com os diretores teatrais Ricardo Guilherme e Herê Aquino, dois espetáculos e um filme sobre o período. São eles: espetáculo “Frei Tito: Vida, Paixão e Morte”, com texto de Ricardo Guilherme e direção de Graça Freitas, e “O Ano que não acabou” do Grupo Expressões Humanas; e o filme “Dom Fragoso” de Francis Vale.

As obras resgatam memórias de importantes personalidades do período, tratam de presos políticos, torturas, exílio, a militarização de vidas e territórios, além de os sentimentos de silêncio e medo da época. O material a ser disponibilizado nesta quarta-feira (31), a partir das 18h, convida o público para um momento de reflexão histórica.

Frei Tito

Escrita entre 1983 e 1985, a peça “Frei Tito: vida, paixão e morte” documenta a trajetória e o ideário de Frei Tito (1945 -1974), dominicano cearense, militante contra a ditadura militar no Brasil dos anos 1960 e 1970, preso político torturado e banido de seu país, jovem exilado que na França suicida-se.

O texto, uma espécie de reportagem teatral, aborda, para além da biografia de Frei Tito, fatos marcantes relativos à geração que no Brasil encarnou a vanguarda de uma militância revolucionária. “Frei Tito: vida, paixão e morte” ganhou menção honrosa no Concurso Internacional de Obras Teatrais do Terceiro Mundo (UNESCO-Caracas, 1987) e é o resultado de pesquisa que envolve consulta aos livros: “Batismo de Sangue” de Frei Betto, “Fora do Campo” de Raniero La Valle e “Um Homem” de Oriana Fallaci.

O espetáculo tem texto de Ricardo Guilherme, direção de Graça Freitas, elenco composto por Maria Vitória, Leonardo Costa e William Mendonça, direção musical de Rami Freitas e montagem do Grupo Formosura de Teatro.

O ano que não acabou

A peça de Emmanuel Nogueira, premiada nacionalmente em 2002, visita as duras memórias do período da ditadura militar brasileira sob o ponto de vista daqueles que não tinham um envolvimento direto na luta contra o regime, mas que perderam parentes e amigos. O texto conta a história de uma mãe que confina a vida no quarto do filho Pedro, jovem revolucionário, que é preso, torturado e desaparece nos porões do regime ditatorial.

Dom Fragoso

O documentário de Francis Vale, de 2011, é sobre Dom Antônio Batista Fragoso (1920 – 2006), paraibano, Bispo de Crateús, no sertão do Ceará, no período de 1964 a 1998. O filme expõe as reflexões de Dom Fragoso sobre fatos importantes da história. Trata de sua experiência na organização dos trabalhadores rurais em sindicatos e nas Comunidades Eclesiais de Base (CEB) durante o regime militar. Pessoas de sua convivência contam a importância de seus ensinamentos para suas vidas, numa época de silêncio e medo.

Serviço

Cineteatro São Luiz exibe obras artísticas sobre a Ditadura Militar

31/03, a partir das 18h, através do canal de YouTube do Cineteatro, em: https://www.youtube.com/c/CineteatroSãoLuizFortaleza

Fonte: Governo CE

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