Melhor escola de Ensino Profissionalizante do Ceará investe em reforço de aprendizagem e trabalho de equipe

No ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023, a EEEP Maria Eudes Bezerra Veras está entre as 20 melhores do país

“É um privilégio fazer parte dessa escola, afinal de contas ela é uma instituição que abre muitas portas para gente [alunos] no mercado de trabalho e nas universidades. E diariamente nos incentivam a buscar o que queremos, depositando esforços nos nossos sonhos”. Foi assim que Maria da Paz, estudante do 2º ano do Ensino Médio, do curso Técnico em Enfermagem da EEEP Maria Eudes Bezerra Veras, descreveu a felicidade de estudar a melhor escola de Ensino Profissionalizante do Ceará.

No ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023, a escola profissionalizante está entre as 20 melhores escolas de ensino médio do país, já no recorte estadual, a EEEP Maria Eudes Bezerra Veras é a melhor escola de ensino profissionalizante – modalidade de ensino que tem elevado a educação cearense. “Está entre as 20 melhores escolas, que ofertam o ensino médio, da rede pública, para gente, é motivo de muito orgulho. O resultado do Ideb de 2023 representa a consistência dos avanços na educação no Ceará e o trabalho árduo que desempenhamos há 10 anos”, celebrou Carla Melo, diretora da EEEP.

Resultado do reforço da aprendizagem

A média do Estado no Ideb 2023, quando se refere ao Ensino Médio, foi de 4,3. Quando filtradas apenas as notas das escolas profissionalizantes e tempo integral, a média estadual passa para 4,73. No entanto, a EEEP Maria Eudes Bezerra Veras, em sua avaliação, superou essa nota com folga, atingindo 6,9. De acordo com a gestão escolar, os bons resultados que se repetem há 10 anos, se dão por um modelo de ensino que busca evoluir sempre, buscar novas alternativas de reforço de aprendizagem e do trabalho rm equipe.

“Eu estou na gestão da escola há 10 anos e todos os projetos que nós pensamos são abraçados pela nossa equipe, nossos professores, nossa comunidade escolar”, compartilhou a diretora. “Nós temos diversos projetos, principalmente em relação ao português e à matemática. Além disso, nós temos essa consistência de um trabalho que, independente quem seja o professor que chegar ou não, ele veste a camisa”, complementou.

A escola profissionalizante, para além de seu ensino reforçado por conta dos cursos técnicos, tem o foco voltado para o reforço da aprendizagem – em português e matemática – dos alunos. Dentre esses métodos de reforço, está a “disciplina contributiva” de cada professor. “No primeiro ano [da escola], nós vimos qual era a disciplina contributiva daquele professor, como por exemplo, a professora de química de identifica com a matemática, então nos ajuda na matemática básica. Então, no início nós fizemos esse levantamento em o que podiam contribuir. Logo depois, montamos alguns projetos de estudos e projetos integradores e os direcionamos com base nisso”, explicou a diretora.

Dessa forma, ao longo do ano, o professor da disciplina segue com o conteúdo pragmático, enquanto o professor contributivo realiza uma constante revisão dos conteúdos já estudados. “Priorizamos, principalmente, a recomposição da aprendizagem. Trabalhar o básico. Porque eu não posso me limitar apenas a explicar, e o aluno não conseguir entender. Então, nós fazemos com que nossos alunos, que têm dificuldade, possam, através de um raciocínio lógico, do aprendizado lúdico, do ensino da interpretação, passem a esta no mesmo nível dos que não sentem dificuldades”, pontuou Carla.

Trabalho desempenhado em equipe

A professora de Química, Idarlene Rodrigues, trabalha na escola há 11 anos e ressaltou o orgulho de ver o trabalho – construído em equipe – dando reconhecimento a unidade escolar. “Receber esse reconhecimento é um motivo de muito orgulho, muita felicidade.

Está entre as melhores é resultado de um trabalho coletivo”, comentou. Para ela, esse resultado passa por uma grande sequência, que vai desde a gestão, que planeja uma melhor forma tanto de ensino quanto de trabalho [para o professor], passa pelos professores, que entregam sempre o seu melhor, e m finaliza nos estudantes.

“Nosso reconhecimento só é possível por um trabalho que começa na gestão da escola, que estrutura a grade curricular de uma forma que usa as habilidades profissionais, por meio das disciplinas contributivas. Passa pelo trabalho dos professores, que sempre dizem não ao comodismo profissional e estão sempre tentando melhorar e progredir como profissionais. E finaliza nos nossos estudantes. Temos um público excelente de estudantes. Os nossos alunos são aqueles que o professor propõe, eles fazem, tudo em busca de mudança e um futuro melhor através da educação”, compartilhou a professora.

Mudança através da educação

Localizada em Novo Oriente, a mais de 400 km da Capital cearense, a escola profissionalizante, inaugurada há quase 11 anos, tem funcionado como um ponto de mudança para os jovens de toda a região. De acordo com a diretora Carla Melo, desde que a EEEP Maria Eudes Bezerra Veras, a cidade vem mudando. “Quando fazemos uma retrospectiva da m nossa cidade, Novo Oriente, atualmente temos mais de 5 ônibus que saem de Novo Oriente para cidades m vizinhas, no caso, Crateús e Tauá, que levam ex-alunos nossos para cursarem o Ensino Superior. Então, para nós, é motivo de muito orgulho fazer parte dessa escola”, enfatizou.

Buscando por um futuro melhor e se dedicam diariamente para, em um futuro próximo, ser um desses ex-estudantes da EEEP que embarcam para o ensino superior, está a estudante do curso Técnico de Enfermagem, Maria da Paz. Moradora da zona rural de Novo Oriente, filha da Rita e do Vanderlei, a jovem estudante busca dar orgulho aos pais através das oportunidades criadas pela educação.

“Eu tenho muitos sonhos, todos eles são voltados para a minha realização, mas também para a realização dos meus pais. Mesmo com todas as tribulações, eles são meu alicerce e com quem eu posso contar. Então eu espero dá muito orgulho para eles realizando o meu sonho, enorme, de ser enfermeira especialista em oncologia”, compartilhou. “Quando eu olho para tudo que temos na escola, as oportunidades, eu penso o quanto meus pais não tiveram acesso a isso para construir um futuro melhor e agora eu tenho a oportunidade”, completou.

Quem também está nessa trajetória é a estudante do 2º ano do Ensino Médio, do curso técnico de Informática, Maria Larissa. Apaixonada pela área de exatas, a jovem sonha ser Desenvolvedora de Software. “A escola tem nos dado o caminho, e nós vamos seguir os passos por essa trajetória. Eles (escola) e a minha família são o que me motivam ter esse desejo de aprender, conhecer outros lugares, e alcançar meus sonhos”, pontuou.

Aqui temos um ambiente acolhedor. Um lugar onde podemos nos expressar. É um orgulho muito grande fazer parte da história dessa escola tão importante da m nossa região, e que me auxiliou a entender o que eu quero pro meu futuro”, completou.

“Eu sou uma menina bastante sonhadora, quero conhecer tanta coisa, o mundo. Quero ter uma carreira de sucesso naquilo que eu gosto, pretendo ser uma Desenvolvedora de Software, e quero orgulhar as pessoas à minha volta. Quero fazer algo de bom para esse mundo”, finalizou.