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Manipuladores de alimentos de escolas estaduais recebem formação na Escola de Gastronomia Social

Izakeline Ribeiro e Bruno Mota – Ascom EGSIDB e Seduc – Texto
Bruno Mota – Foto

No total, 80 profissionais participam do curso que envolve técnicas de cozinha, boas práticas de manipulação de alimentos, entre outros temas

A Secretaria da Educação (Seduc), em parceria com a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco e o Centro de Formação e Desenvolvimento para os Profissionais da Educação (Formace), realiza a 2ª edição do curso de Formação Básica em Cozinha, para manipuladores de alimentos de escolas da rede pública estadual. O curso acontece de 22 a 26 de julho de 2024, na sede da Escola, no bairro Cais do Porto, em Fortaleza.

A iniciativa é voltada, neste momento, a profissionais que atuam em unidades de ensino de tempo regular localizadas na área de abrangência da Coordenadoria Regional de Desenvolvimento da Educação (Crede) 1 e da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor 1, 2 e 3). A ação ocorre por intermédio da Coordenadoria de Gestão da Alimentação Escolar da Seduc. Os participantes são orientados quanto à execução das preparações constantes nos cardápios escolares, visando atingir a quantidade e a qualidade adequadas.

Jocivânia de Oliveira, merendeira na Escola de Ensino Médio (EEM) Doutor César Cals, em Fortaleza, participa pela primeira vez de uma formação do tipo. A profissional destaca uma série de aprendizados que considera relevantes para a vivência do trabalho.

“Estou achando muito interessante, pois é algo que impacta não só o nosso ambiente de trabalho, como as nossas vidas. A sabedoria culinária que estamos aprendendo envolve, por exemplo, o melhor aproveitamento dos alimentos. Partes que seriam jogadas no lixo, como as cascas de alguns legumes, podem se transformar em proteínas para enriquecer a alimentação dos alunos, ao mesmo tempo em que retiramos do cardápio itens que fazem mal, como temperos industrializados. Também aprendemos sobre o armazenamento correto dos alimentos, com a anotação da data e da temperatura adequada para o produto. Daqui, saímos com outro pensamento”, observa.

Neste ciclo, é contemplado um manipulador de alimentos por escola, totalizando 80 estabelecimentos de ensino, com a carga horária de 40 horas, distribuídas em aulas teóricas e práticas em tempo integral (manhã e tarde).

Crescimento

Lurdete do Nascimento é manipuladora de alimentos na EEM Jesus Maria José, em Fortaleza, há 15 anos, e ao longo da trajetória já participou de algumas formações. No curso atual, ela diz estar sendo possível ampliar os conhecimentos.

“Quando a gente começou na profissão era mais simples. As coisas foram se modificando, e hoje a alimentação escolar é vista de outra maneira. Nesse curso, estou aprendendo a utilizar novos maquinários e acessórios. E também, descobrindo formas de melhorar a convivência no ambiente de trabalho, com alunos e demais servidores da escola. Quero que todos se sintam satisfeitos com o que eu estou fazendo. Gosto da minha escola, amo o que faço”, ressalta.

O cronograma de aulas conta com as seguintes temáticas: Postura Profissional e Orientação para o Trabalho, Normas Gerais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Boas Práticas na Manipulação de Alimentos, Controle de Qualidade dos Alimentos, Processos de Trabalho em Cozinha e Aproveitamento Integral dos Alimentos.

A coordenadora de Gestão da Alimentação Escolar da Seduc, Evilauba Gonçalves, observa que o curso tem o intuito de aprimorar o trabalho desenvolvido nas escolas, além de valorizar os profissionais da área.

“A formação vem para agregar conhecimento. A aula prática fortalece o que se vê na aula teórica, refletindo assim na melhoria do serviço oferecido nas escolas, e também no cumprimento das legislações que se referem ao cardápio bem elaborado, com qualidade nutricional, e que respeite a cultura alimentar dos alunos. Essa parceria entre a Seduc e a Escola de Gastronomia Social é muito importante para o sucesso da ação”, pontua.

A nutricionista responsável pelo acompanhamento das escolas da Sefor 3, Vanessa de Sousa, considera que a capacitação também leva em conta o aspecto da boa aceitação dos alimentos entre os estudantes. “A ideia é fazer com que os profissionais aprendam técnicas de preparo que tornem os cardápios não só mais nutritivos e saudáveis, mas também que sejam mais saborosos”, avalia.

O curso contribuirá para a formação continuada dos trabalhadores, a partir da construção de conhecimentos para a manipulação eficiente e eficaz dos alimentos no espaço escolar. O conteúdo selecionado não se volta apenas a temas técnicos, mas também às dimensões relacionadas ao comportamento profissional, à saúde e ao bem-estar.

O professor instrutor da parte prática do curso, Antônio Moscato, enaltece o processo envolvido no preparo culinário. “A preocupação da Escola de Gastronomia é fomentar a questão da cultura alimentar, valorizando aquilo que é nosso, desde a colheita do agricultor até chegar à nossa mesa. Esse é um trabalho de afeto”, salienta.

Sobre a escola

Equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult), a Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco (EGSIDB) é gerida pelo Instituto Dragão do Mar (IDM) e faz parte do Cultura em Rede, programa da Secult Ceará que integra ações e políticas culturais na sua rede de equipamentos públicos. O centro de formação, inaugurado em 2018 no bairro Cais do Porto (Fortaleza), é um espaço formativo que associa ensino, pesquisa e compromisso social, reconhecendo a riqueza da forma de se alimentar do cearense, os diversos tipos de saberes, a cadeia de produção, promovendo a inovação de produtos, incentivando o empreendedorismo social, qualificando para o mercado de trabalho e contribuindo para o combate à fome, por meio de cursos gratuitos de longa e curta duração, que acontecem na sede da Escola e no interior do Ceará.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

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