O governador do Ceará, Camilo Santana, assinou um memorando de entendimento para a instalação de uma refinaria de petróleo na área da ZPE, a cargo da companhia brasileira Noxis Energy. O valor total do investimento para a implantação do projeto é de R$ 4,240 bilhões, gerando 150 empregos diretos e cerca de 3.000 indiretos. Na ocasião estavam presentes o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, o secretário do Meio Ambiente (Sema), Arthur Bruno, além de Gabriel Debellian, Diretor-Presidente da Noix, e Márcio Dutra, principal investidor.
“Sempre tivemos um objetivo de implantar no Ceará uma refinaria e uma siderúrgica. Em 2017 conseguimos abrir a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), formada pela brasileira Vale e as coreanas Dongkuk e Posco, um grande investimento de todas as partes. Agora, para a instalação da refinaria da Noxis Energy, nós também nos colocamos a disposição para viabilizar a sua instalação, é um grande investimento para o nosso Estado e para os cearenses”, apontou o governador.
Após o licenciamento ambiental, a implantação está prevista para ocorrer no máximo em 30 meses, em consonância com os objetivos econômicos e sociais do Estado do Ceará, de incremento do nível dos empregos e das receitas, bem como redução das desigualdades regionais e sociais. Sediada no Rio de Janeiro, a Noxis Energy atua na área de refino de petróleo com plantas em processo de instalação em locais estratégicos ao longo da costa brasileira. No Ceará, a refinaria de petróleo terá como principal produto o óleo combustível marítimo (bunker), com a capacidade de refino de 50.000 BBL/dia, e quando totalmente implantada a produção prevista é de 1.500.000 (hum milhão quinhentos mil) toneladas/ano de combustível, até 2025.
“Estar no Ceará é muito estratégico para a nossa empresa, pois o Estado apresenta condições favoráveis em posicionamento geográfico em um mercado com demanda significativa de derivados num raio de 200 km, instalações necessárias como o moderno Porto do Pecém, e pode atender também o Porto de Itaqui no Maranhão. Por falta de oferta, os navios vêm para o Brasil supridos de combustível para a viagem de retorno, e assim nos colocamos como principal fonte de reabastecimento de um bunker limpo, que terá uso compulsório nas embarcações já em 2020, reduzindo o teor de enxofre de 3,5% para 0,5%”, explicou Gabriel Debellian. O presidente da Noxis garantiu também que a prioridade para a mão de obra essencial da refinaria será de cearenses.
Para Maia Júnior, essa é uma oportunidade única e prova que o Ceará é um Estado maduro e preparado para receber grandes investimentos. “O projeto originalmente seria no Maranhão. Contudo, a localização e as vantagens estratégicas de se instalar no Ceará falaram mais alto, o que trouxa o projeto para solo cearense, que sem dúvida é uma vitória para o Governo do Ceará e aos cearenses”, finalizou o secretário.