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Fruto de parceria entre o PReVio e a Defensoria Pública do Ceará, projeto “Minha Escola Ensina Direitos” inicia ciclo de ações educativas em 14 escolas públicas

Ascom PReVio – Texto e Foto

A Educação em Direitos vai à escola. A partir de uma parceria entre a Defensoria Pública do Ceará (DPCE) e o Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PReVio) do Governo do Estado do Ceará, tem início nesta terça-feira (23/04) o projeto “Minha Escola Ensina Direitos”, um ciclo de ações educativas para estudantes de 14 escolas públicas municipais, que conta ainda com apoio das Prefeituras Municipais de Fortaleza, Maranguape e Itapipoca.

Para a Assessora de Prevenção à Violência, Carla da Escóssia, a parceria entre PReVio e Defensoria Pública visa promover a defesa dos direitos sociais e incidir sobre a redução dos conflitos e comportamentos violentos dentro das escolas. “Com o projeto “Minha Escola Ensina Direitos”, o Governo se une à Defensoria Pública para ajudar na construção de relações mais pacíficas entre os jovens estudantes e a comunidade escolar. Trabalharemos junto a líderes estudantis ou de grêmios escolares, justamente pela inserção e poder de influência deles, que passarão a atuar como agentes multiplicadores das temáticas a serem abordadas, que vão de bullying a racismo, de homofobia à segurança pública”, afirma.

O primeiro encontro ocorre hoje, 23, em Fortaleza, na Escola Professor Antônio Girão Barroso, no bairro Jangurussu. A condução da roda de conversa cabe aos defensores públicos Raul de Souza, Jaqueline Torres e Guilherme Queiroz, que tratam sobre a atuação da Defensoria e chamam atenção para o bullying e cyberbullying, em diálogo com os estudantes.

“A importância do projeto é levar a educação em direitos para as escolas públicas como uma das atribuições institucionais da Defensoria Pública, para que os jovens tenham conhecimento aprofundamento das temáticas sobre os seus direitos, sendo esses jovens capacitados para fazer a difusão no ambiente escolar e ainda saberem como agir em caso da violação deles”, pontua a coordenadora das Defensorias do Interior, Renata Peixoto.

Os encontros acontecerão mensalmente, junto a turmas de até 20 alunos(as) e abrangendo 14 escolas nas cidades de Fortaleza, Maranguape e Itapipoca. Esses(as) adolescentes cursam o oitavo ou nono ano do Ensino Fundamental II.

São nove temas em foco: atuação da Defensoria; bullying e cyberbullying; direitos da infância e trabalho infantil; violência de gênero; saúde mental e suicídio; direitos humanos: racismo, xenofobia, homofobia e transfobia e violações contra pessoas com deficiência; direito à defesa: segurança pública e cidadania; e direitos do consumidor: golpes e alertas.

Bullying e cyberbullying para início de conversa

Em cada aula, um assunto em pauta. No primeiro encontro, os alunos conhecem o trabalho da Defensoria e os defensores trazem ao centro do debate o primeiro tema proposto: bullying e cyberbullying. É preciso primeiramete conceitualizar e tipificar o fenômeno, mas também informar sobre o que fazer e como procurar ajuda. Todo o material do curso foi construído com linguagem simples, utilizando a metodologia como a primeira experiência da Defensoria neste sentido.

A defensora pública Michele Camelo, titular da 13ª Vara de Família, será uma das defensoras que vai atuar no programa. Para ela discutir a temática dentro das escolas, de uma maneira direta e clara, é sensibilizar os estudantes e conscientizá-los sobre as consequências dessas práticas. “Quando a gente fala de bullying e cyberbullying, a maioria das vezes, essa é uma violência psicológica e que deve ser combatida com esclarecimento e com apoio de instituições como a Defensoria Pública, a sociedade, a comunidade, as escolas e a família”, discorre.

O defensor Raul de Sousa Neves, titular da comarca Icó, também fará parte do time que atuará no projeto. Ele discorre sobre a maneira com que pretende lidar com os estudantes. “O modo que eu gosto e que quero abordar consiste em um modelo em que eu não fique apenas despejando informações. Eu gosto de debate, pois todo mundo que está no ambiente pode participar. Eu também gosto do storytelling e eu costumo usar, então eu pretendo, nesse projeto, usar um pouco de tudo”, pontua.

Não compreender o complexo fenômeno da violência como algo natural ou banal é o primeiro passo para educar e fazer pensar “Para além de fornecer informações, falamos sobre discutir e sobre o tema. A Defensoria atua também em favor das vítimas que estão em situação de vulnerabilidades para que elas possam exercer o direito de ser quem são, de poder viver entre os seus pares de modo digno sem que a sua presença possa gerar uma hostilização, por parte dos outros indivíduos que compõem esse ambiente”, conclui Raul.

Cronograma para rodas de conversa

Fortaleza

23/04: EMTI Professor Antônio Girão Barroso (Território IV)
25/04: EMTI José Carvalho (Território III)
26/04: EMTI Álvaro Costa (Território I)
26/04: EMTI Professora Maria Mirtes Bastos Mangueira (Território II)
29/04: EMTI Aldemir Martins (Território V)

Maranguape

24/04: Direitos Humanos – EMEF, João Cirino Nogueira – EMEF
24/04: Zilda de Barros de Medeiros – EMEF
25/04: Maria Eugênia de Oliveira – EMEF e Antônio Luiz Coelho

Itapipoca

25/04: EEB Dr. Geraldo Gomes de Azevedo, EEB José Lins de Albuquerque, EEB Monsenhor Antônio Tabosa e EEB Pedro Teixeira Barroso

Fonte: Governo do Estado do Ceará

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