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Ensino sobre Astronomia do Colégio dos Bombeiros do Ceará já rendeu mais de 400 medalhas em competições

Ascom CBMCE -Texto e fotos

Uma ciência desenvolvida pela curiosidade do ser humano e que sempre procurou as respostas de grandes questões sobre o que havia depois da imensidão do céu azul. Comemorado nacionalmente neste dia 2 de dezembro, o Dia Nacional da Astronomia foi criado no ano de 1978 para homenagear o último imperador do Brasil, Dom Pedro II. A data faz referência ao seu aniversário, pois o monarca era um estudante amador de Astronomia e foi responsável por incentivar a disciplina no Brasil.

Mas se o interesse de Dom Pedro II pela disciplina é desconhecido pelo público em geral, o triunfo dos alunos do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB-ERQ) é de conhecimento nacional e internacional. O interesse dos alunos e do professor que ministra a matéria, tenente Romário Fernandes, conquistou diversas premiações e medalhas em competições ao redor do mundo.

Projeto

Desde 2016, a disciplina de Astronomia está incluída na grade curricular obrigatória para os alunos do 7º Ano do Colégio Militar do Corpo de Bombeiros Escritora Rachel de Queiroz (CMCB-ERQ). A implementação do projeto, que foi idealizada pelo tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, Francisco Albert Einstein Lima Arruda, iniciou como uma proposta experimental com o objetivo de gerar motivação nos alunos a apreciarem as matérias de física e química.

No ano seguinte, em 2017, o projeto foi dado continuidade pelo tenente Romário, quando os alunos do 7º ao 9º Ano do CMCB-ERQ conquistaram 35 medalhas na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Após alcançarem um resultado expressivo, os alunos mostraram cada vez mais interesse na disciplina, matéria atualmente optativa entre alunos do 8º Ano do Ensino Fundamental ao 2º Ano do Ensino Médio.

Para o professor e tenente do CBMCE, Romário Fernandes, que possui especialização no ensino de Astronomia, a singularidade de cada aluno influencia-o a desenvolver as melhores estratégias de estudo. “A sala de aula para mim é um espaço que se expande muito além das limitações impostas pelo teto e pelas paredes. É onde o universo se descortina aos meus olhos com uma beleza comparável a do céu estrelado numa noite sem Lua e sem nuvens. Ali a singularidade de cada aluno me convida a desenvolver as melhores estratégias de observação e estudo, de forma a permitir que o máximo brilho de cada um possa vir à tona. É meu desafio e também minha realização”, revela.

Destaque em competições nacionais

Desde a iniciativa de inclusão da disciplina, o CMCB-ERQ colhe os frutos do projeto. O interesse e a dedicação dos alunos garantiram mais de 400 medalhas em edições da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), da Mostra Brasileira de Foguetes (MoBFog) e da Olimpíada Nacional de Ciências (ONC).

No ano de 2018, alunos entre o 7° Ano do Ensino Fundamental e o 2° ano do Ensino Médio do CMCB-ERQ participaram do OBA e do MOBFOG e acumularam 77 medalhas, sendo 35 de ouro. Já no ano de 2019, o professor vendo o desempenho dos alunos, decidiu participar também da ONC, quando foram conquistadas, nas três competições, 108 medalhas, sendo 48 de ouro. Em 2020, foram acumuladas 92 medalhas, sendo 40 de ouro. Já neste ano, foram conquistadas 118 medalhas, sendo 52 de ouro, nas três competições nacionais.

De acordo com André Venâncio, aluno do 1° Ano do Ensino Médio, a disciplina ajudou em diversas matérias e desenvolveu o raciocínio lógico. “A astronomia é uma matéria interdisciplinar que me ajudou não só em física e em matemática, mas também em ciências e geografia, além de desenvolver o raciocínio lógico. Estudar astronomia também me fez reparar mais no céu e me levou a observar diversos processos astronômicos, como chuvas de meteoros e eclipses.” ressaltou o vencedor de quatro medalhas de ouro na OBA, além de um ouro e uma prata na Mobfog.

Menção honrosa no Concurso Internacional de Fotografia Astronômica

Uma foto com a participação dos alunos de astronomia do 9° Ano do CMCB-ERQ, que retrata um Experimento Eratóstenes, foi escolhida como uma das finalistas do Eratosthenes Experiment September 2019 PhotoContest. A imagem, de autoria do soldado Gilseppe Moura, da Assessoria de Comunicação do CBMCE, retrata os participantes do experimento em círculo ao redor do gnômon utilizado para medir o comprimento da sombra do Sol ao meio-dia solar verdadeiro, no dia do último equinócio de primavera.

A iniciativa do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento de Ellinogermaniki Agogi (EA), em colaboração com a Hellenic Mathematics Society, sob o apoio da União Astronômica Internacional (IAU), tem o objetivo de estimular jovens de todo o mundo a reproduzirem o clássico experimento do matemático grego Eratóstenes, por meio do qual se chegou à primeira estimativa real do comprimento da circunferência da Terra.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

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