InícioCEARÁDelegados do fórum global são apresentados a cultura e gastronomia locais

Delegados do fórum global são apresentados a cultura e gastronomia locais

Íkara Rodrigues – Governo do Ceará – Texto
Hiane Braun – Casa Civil – Fotos

Representantes do G20 provaram receitas típicas do Ceará, além de acompanharem apresentações de dança e de música

Cajuína vegana, bruaca de banana e parmesão, carne do sol com macaxeira, caruru de maxixe e cocada cremosa fizeram parte da mistura de sabores apresentada aos representantes do G20, nessa segunda-feira (1º), durante uma noite cultural e gastronômica realizada na Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco (EGSIDB), em Fortaleza (CE).

“A escola se preparou para apresentar ao G20 um equipamento público do Governo do Ceará, que tem uma estrutura de ponta em relação a gastronomia e de pesquisa em torno da cultura alimentar. Queremos aqui, por exemplo, mostrar parte das nossas pesquisas, que inclui uma cajuína vegana feita nos métodos tradicionais, que a Escola contribuiu no aperfeiçoamento em parceria a Embrapa”, comentou Vanessa Moreira, coordenadora de Cultura Alimentar e Pesquisa da EGSIDB.

A programação da visita contou com um cardápio assinado pela chef cearense Carol Teodoro, que buscou retratar a culinária local dos tempos atuais. “A nossa proposta foi elaborar uma experiência culinária que respeitasse a nossa tradição, trazendo os insumos que fazem parte da nossa história, mas também colocando novas propostas, com uma pegada mais contemporânea”, explicou a chef.

As delegações e convidados internacionais do G20 também acompanharam uma apresentação cultural do grupo Coco de Praia do Iguape, do mestre Chico Casueira, com uma dança envolvida pelo som do carrom e sapateado quente dos dançantes. O coquetel ainda teve o embalo musical do forró sob a interpretação do compositor, instrumentalista e cantor cearense Juruviara.

Brasis no G20

A vivência realizada na EGSIDB faz parte de uma imersão gastronômica e cultural que vem sendo apresentada para as delegações e convidados internacionais durante a presidência brasileira no G20. A iniciativa está rodando o Brasil e é fruto de uma parceria entre a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR).

O objetivo, muito além de oferecer um momento de descontração e socialização às delegações, é poder apresentar a diversidade que compõe os “brasis”, em suas potências culturais, sociais e regionais, a autoridades de todo o globo que, muitas vezes, têm sua vinda restrita ao trecho aeroporto-hotel-sala de reunião, sem a oportunidade de vivenciar o país.

Made in Ceará

Além da cajuína vegana, os representantes do fórum global conheceram uma vitrine de produtos criados ou aperfeiçoados pelo laboratório de criação da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco. Entre eles, a Farinha da Dona Maroca, produto desenvolvido a partir do resíduo de óleo de coco babaçu que era jogado fora durante o processo de produção.

“Dona Maroca é uma produtora agrícola do Cariri, que caminha 10km para colher e quebrar mil cocos babaçus para fazer três litros de óleo, e vender pelo valor de R$ 80. Nessa pesquisa, compreendemos que o resíduo da produção poderia virar farinha de amêndoa, de maior valor agregado e que tem seu quilo vendido a R$ 180 no mercado”, explicou Vanessa Moreira.

Além de desenvolver a granulidade da farinha, em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Embrapa, a pesquisa contratou um designer premiado da região do Cariri e criou uma embalagem com o rosto da Dona Maroca. A partir dessa identidade, foi desenvolvido um carimbo para ajudar a produtora a ter um padrão estético nos seus produtos.

“Dona Maroca não é letrada e não se sentia instruída para ir até uma gráfica e produzir seus rótulos. Com a pesquisa, tivemos a chance de também proporcionar isso para ela e de fortalecer a cultura do coco babaçu no Cariri”, complementa a coordenadora da EGSIDB acrescentando, “queremos deixar para os representantes do G20 um pouco das nossas experiências de pesquisa, com o nosso conceito de trabalho, que reúne cultura alimentar, gastronomia social e sustentabilidade”.

Fonte: Governo do Estado do Ceará

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