A Central de Cooperativas Copacaju renovou a certificação com o fair trade europeu por mais quatro anos. A novidade foi anunciada na semana passada pelo presidente da cooperativa, que comemorou a conquista para os cerca de 900 cooperados apoiados pelo arranjo produtivo apoiado pelo Projeto São José III. “Já fechamos a certificação para o ano que vem, que passa de R$ 1 milhão, e temos a perspectiva de podermos até triplicar as vendas até 2022”, revelou Raimundo Pereira da Silva.
“Havíamos sido suspensos no ano passado, mas os envios para a Europa não pararam. Diminuíram porque ficamos suspensos por conta do atraso no envio de atas e passamos a atuar também no mercado convencional”, detalha a breve situação que ficou no passado. O arranjo produtivo envolve 22 associações comunitárias, cooperativas e institutos de Beberibe, Chorozinho, Ocara e Pacajus, que produzem, além da castanha de caju, polpas de frutas e cajuína.
O Comércio Justo, ou fair trade, é uma iniciativa criada por volta da década de 70 na Europa que oferece melhores preços pela produção agrícola. A contrapartida é garantida pela não-utilização de agrotóxicos, os produtores não realizarem queimadas e a produção não envolver mão de obra escrava. As auditorias periódicas verificam ainda um controle de qualidade rigoroso que, no caso da Copacaju, inclui vinte etapas de classificação, desidratação, descanso, umidificação e corte.
O investimento do Governo do Ceará no arranjo produtivo foi de R$ 19,2 milhões e envolveu obras de reforma e modernização das instalações, placas de energia solar e compra de equipamentos. “O Governo do Ceará materializa a inovação e a ciência na geração de produtos de qualidade comercializados em diversas capitais brasileiras, como também para fora do País”, enalteceu o secretário de Desenvolvimento Agrário, De Assis Diniz, durante a inauguração da Central em fevereiro.
