Evento foi promovido pelo Banco Mundial por meio do Programa Japão-Banco Mundial para Integração da Gestão de Risco de Desastres em Países em Desenvolvimento
A Cogerh, por meio da Gerência de Segurança de Infraestrutura (Gesin), em parceria com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), promoveu nesta semana, a 3ª Oficina “Análise de Risco e de Modo de Falha Potencial em Barragens”, dessa vez focada na barragem Jaburu I, em Ubajara.
O açude em questão é o único monitorado pela Companhia na Serra da Ibiapaba, região de intensa produção de diversas culturas, e que atende oito municípios no Ceará, além de poder contemplar até distritos do Piauí em caso de extrema necessidade.
Durante os cinco dias, os participantes foram capacitados com os estudos hidrológicos, hidráulicos, geológicos e geotécnicos do Jaburu I, analisando a sua instrumentação e as intervenções realizadas na estrutura.
Uma análise de riscos é uma ferramenta importante e significa um representativo avanço na Companhia no desenvolvimento de seu programa de gestão de segurança de barragens e corrobora com seu compromisso de garantir a segurança de todas as suas estruturas no Ceará”, destacou a gerente de segurança e infraestrutura da Cogerh, Itamara Taveira.
Na parte prática, visitando as estruturas da barragem, foram inspecionados os taludes, coroamento, vertedouro, medidores de vazão e outros pontos fundamentais para sua operação plena.
Por fim, os participantes desenvolvem um relatório em que são levantados todos os possíveis modos de falha e seus classificações, indicando recomendações para assegurar a segurança do manancial e das comunidades vizinhas.
“Um evento como esse fortalece bastante a linha preventiva. Podemos compartilhar as boas práticas de segurança de barragem e, conhecendo uma metodologia já consagrada, detectar os possíveis riscos e, dessa forma, trabalhar com a sociedade para torná-la mais resiliente”, avaliou Werton Costa, diretor de Prevenção e Mitigação da Secretaria da Defesa Civil do Piauí.
A Oficina reuniu representantes da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), da Universidade do Vale do Acaraú (UVA), das Defesas Civis do Ceará, do Piauí e de Ubajara, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), além de colaboradores dos Núcleos de Operação das Gerências Regionais da Cogerh.
Para Lucrécia Nogueira, coordenadora da Célula de Segurança de Barragens da SRH, a presença de equipes dos dois estados “foi um diferencial“. As equipes acompanharam de perto as medidas implementadas pela pasta e pela Cogerh para diminuir os potenciais riscos do Jaburu I.
“Nós aqui do Ceará temos os históricos de todos os tratamentos e intervenções feitos desde 1987 até agora, dados que são acompanhados e trabalhados pela gerência responsável da Cogerh”, disse Lucrécia.
Anteriormente, a Cogerh já havia realizado duas aplicações da metodologia de Análise de Modo de Falha Potencial (PFMA), nas quais foram analisadas as barragens Sítios Novos, em Caucaia, e Germinal, em Palmácia.
“Por meio da troca de experiências entre profissionais e consultores de áreas distintas, a oficina garante uma gestão estadual mais fortalecida”, comentou Daniel Nunes, coordenador do núcleo de operação da regional da Companhia na Serra da Ibiapaba.
Fonte: Governo do Estado do Ceará