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Após divulgação nas redes sociais, homem de 62 anos é encontrado na Capital


Mais uma vez o engajamento de usuários nas redes sociais teve o desfecho esperado para uma família que não via o parente de 62 anos há nove dias. Desde que desapareceu, no último dia 13 de março, no Conjunto João Paulo II, no bairro Barroso, o homem não dava notícias. Na manhã dessa segunda-feira (22), o desaparecido foi encontrado por populares graças à divulgação do cartaz dele no Instagram @desaparecidosdhppce, perfil mantido pela 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). Ele está bem e já se encontra com os familiares.

Conforme relatos repassados por familiares, o homem costumava fazer passeios pelo bairro, mas no sábado, dia 13 de março, ele saiu e não retornou para casa. A família realizou buscas na vizinhança, mas não localizou o parente. A comunicação do desaparecimento foi feita a uma unidade da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), no 30º Distrito Policial, que transferiu o caso para a 12ª Delegacia do DHPP. A equipe policial da especializada providenciou a arte com o cartaz da delegacia, com foto recente do desaparecido e informações básicas com dados sobre a data e o local em que a vítima foi vista pela última vez.

Com problemas de saúde, o homem foi localizado na manhã da segunda (22), em frente a uma loja de venda de baterias automotivas no bairro Montese, na Área Integrada de Segurança 5 (AIS 5). O estabelecimento estava abrindo as portas para a venda de produtos via delivery, quando a proprietária da loja, Fábia Pinheiro, que é conhecida como “Nandinha”, estranhou a presença do homem, que estava sem máscara e visivelmente vulnerável. Ela conta que ofereceu água e comida para o senhor, que aceitou de imediato. Enquanto conversava com ele, uma colega, que trabalha próximo à loja dela, disse que reconhecia o homem da foto do cartaz postado no Instagram da 12ª Delegacia do DHPP.

Para se certificar da informação que a colega acabava de dar, “Nandinha” acessou o perfil @desaparecidosdhppce e viu a imagem do senhor. Ela comparou o nome do homem com os dados da identidade que ele carregava na carteira. Imediatamente ela fez contato pelo número de telefone da unidade policial para comunicar sobre a localização do homem. Ela também entrou em contato com familiares do homem e aguardou a chegada deles para levá-lo de volta para casa em segurança.

Com o final feliz proporcionado pelos esforços da proprietária da loja, dos funcionários e da colega que passou no exato momento em que o homem foi encontrado, “Nandinha” conta como foi o encontro. “Fiquei conversando com ele para que ele não fosse embora. Meia hora, quarenta minutos depois, chegaram a filha e a esposa dele. Ficamos muito emocionados com o encontro, e mais ainda gratificantes em ver o quanto nos sentimos honrados por Deus nos dá esse privilégio de poder ajudar”, revela a empresária.

Tipos de desaparecimento

A delegada responsável pelos casos de desaparecimento que chegam ao DHPP, Arlete Silveira, explica que há três tipos de desaparecimento de pessoas. O voluntário – quando a pessoa se afasta por vontade própria e sem avisar. Isso pode acontecer por motivos diversos: desentendimentos, medo, aflição, choque de visões, planos de vida diferentes, dentre outras razões; o involuntário – quando a pessoa é afastada do cotidiano por um evento sobre o qual não tem controle, como por exemplo, um acidente, um problema de saúde, um desastre natural e, por fim, o forçado – quando outras pessoas provocam o afastamento, sem a concordância da vítima. Entre os casos registrados, as principais motivações são problemas familiares, a relação com drogas ilícitas, problemas amorosos e depressão.

Perfil do desaparecido

Em 2020, a 12ª Delegacia do DHPP realizou investigações de 438 casos de desaparecimento. Cabe ressaltar que a maior parte das vítimas é composta de jovens com idade entre 12 e 29 anos. Eles são responsáveis pelo registro de 222 ocorrências, ou seja, 50,6% do registro total. A 12ª delegacia do DHPP possui um índice de resolutividade de 80,8% dos casos, isto é, dos 438 registros, a 12ª Delegacia conseguiu elucidar 354 casos. Dentro desse percentual, 89,2% dos casos são de pessoas encontradas com vida.

A criação da delegacia tornou possível um estudo maior sobre a temática. Através do acompanhamento da especializada foi possível conhecer os dias e os horários que possuem maior incidência de desaparecimentos. Sábado é o dia que apresenta o maior número de registros. Foram contabilizados 85 casos, o que representa 19,4%. Em seguida, vem a segunda e a terça-feira, que registram 74 e 69 casos, 16,8% e 15,7%, respectivamente. Os dias com menor registro desse tipo de ocorrência são as quartas e quintas-feiras, com 44 registros cada, o que equivale a 10% dos casos. A maior parte dos desaparecimentos ocorre durante o dia, sendo o período da tarde – de meio-dia às 17h59min – o horário de pico, com 141 registros, o que equivale a 32,1% dos casos.

Comunique imediatamente

A Polícia Civil orienta a população que formalize os casos de pessoas desaparecidas de imediato, sem a necessidade de aguardar um prazo mínimo para a comunicação. Para isso, o denunciante pode registrar um Boletim Eletrônico de Ocorrência (BEO) na Delegacia Eletrônica (Deletron), no campo Desaparecimento de Pessoa. Forneça o máximo de informações possíveis sobre a pessoa desaparecida e envie uma fotografia recente.

Participação popular

A população pode contribuir com as investigações repassando informações que auxiliem os trabalhos policiais. As denúncias podem ser feitas pelo número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3257-4807, do DHPP, que também é o WhatsApp do Departamento, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem. O sigilo e o anonimato são garantidos. O contato também pode ser realizado pelas redes sociais, por meio do perfil @desaparecidosdhppce no Facebook e Instagram. Não é necessário se identificar. O sigilo da fonte é garantido.

Serviço

12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
Endereço: Rua Juvenal de Carvalho, nº 1125 – Bairro de Fátima, Fortaleza/CE.
Telefone: (85) 3257-4807
E-mail: 12dp.dhpp@policiacivil.ce.gov.br
Instagram e Facebook: @desaparecidosdhppce

Fonte: Governo CE

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