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Aluno egresso da Uece tem monografia selecionada e ganha curso de Mestrado da Fucape Business School


O estudante egresso do curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Bruno Facundo Braga, foi um dos ganhadores do 18º Prêmio Excelência Acadêmica, realizado por uma das melhores escolas de negócio do Brasil, a Fucape Business School, que oferece aos três primeiros colocados do evento, bolsas de estudo integrais para seus cursos de Mestrado e uma experiência de imersão no setor de Controladoria da ArcelorMittal Tubarão.

O Prêmio Excelência Acadêmica é conferido anualmente às melhores Monografias ou Trabalhos de Conclusão de Curso produzidos por estudantes de Instituições de Ensino Superior de todo o território nacional. É realizado pela Fundação Instituto Capixaba de Pesquisas em Contabilidade, Economia e Finanças (Fucape), promovido pela ArcelorMittal Brasil, com apoio dos Conselhos Regionais de Contabilidade do Espírito Santo (CRC-ES), de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), de Administração do Espírito Santo (CRA-ES), além da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES) e do Instituto Brasileiro de Executivo de Finanças (IBEF-ES).

Aos autores das três melhores Monografias/TCC, são concedidas bolsas de estudo para cursar o Mestrado Profissional em Ciências Contábeis e Administração. Os 10 primeiros colocados recebem um certificado com a indicação da colocação obtida e um troféu. Bruno Braga conquistou o segundo lugar com o trabalho intitulado “Estrutura de Propriedade e Valor Adicionado: uma análise das empresas listadas no segmento Novo Mercado da B3”.

De acordo com o premiado, a Uece muito o ajudou para alcançar o prêmio. “A Uece tem grande parcela de contribuição nessa conquista. O curso de bacharelado em Ciências Contábeis conta com excelentes profissionais em seu corpo docente, dos quais podemos destacar os professores Salgueiro, Joelma e Xavier”. O aluno egresso destaca a contribuição de seu orientador, o professor da Uece, Manuel Salgueiro Rodrigues Júnior. “Desde o início, quando perguntei se poderia orientar meu TCC, ele foi muito atencioso, apresentando valiosos apontamentos para qualificar meu trabalho. Além de sugestões sobre modelos estatísticos, bibliografia, estrutura de apresentação das ideias e afins, ele foi, desde o princípio, um grande motivador. Realmente, é uma pessoa incrível”.

Para seu orientador, “este resultado indica que as pesquisas produzidas no curso de Ciências Contábeis da Uece têm muita qualidade, são relevantes para a sociedade e de impacto acadêmico”. O docente enxerga grandes qualidades no trabalho de seu orientando. “Principalmente o ineditismo e, consequentemente, as contribuições cientificas da pesquisa, tendo em vista que Bruno buscou um tema ainda pouco pesquisado, que foi relacionar a estrutura de propriedade com a distribuição do valor adicionado nas empresas. Além disso, a qualidade da metodologia usada possibilitou colocar a pesquisa em ‘pé de igualdade’ com as demais”, ressalta Manuel Salgueiro.

Com a premiação, Bruno agora segue em frente para alcançar os planos que traçou para si. “Desde quando ingressei na graduação, sempre tive o sonho de seguir carreira acadêmica. Graças a Deus, o Prêmio Excelência Acadêmica me permitiu dar mais um passo em direção à conquista dos meus objetivos”.

Saiba mais sobre o trabalho premiado

Estrutura de Propriedade e Valor Adicionado: uma análise das empresas listadas no segmento Novo Mercado da B3

Introdução – Um dos tópicos mais discutidos sobre governança corporativa se concentra no objetivo a ser buscado pelos administradores das companhias. Autores como Friedman (1970) se posicionavam em favor de um viés mais favorável à geração de valor para o acionista, inclusive com a ideia de que a responsabilidade social das empresas é o aumento de seus lucros. Por outro lado, Freeman (1994) propõe uma abordagem que visa atender às diversas partes interessadas. Nesse contexto, ressalta-se o trabalho de Jensen e Meckling (1976), que desenvolveu a teoria da estrutura de propriedade da firma.

Problema de Pesquisa e Objetivo – Tendo em vista que as abordagens anteriores a este trabalho enfatizam apenas um dos aspectos da estrutura de propriedade, relacionada à identidade do maior acionista ou controlador, o presente trabalho pretende responder ao seguinte problema de pesquisa: em que medida a geração da riqueza e a distribuição destinada à remuneração de capitais próprios das empresas listadas no segmento Novo Mercado da B3 são afetadas pela estrutura de propriedade, no tocante à concentração de propriedade e à identidade do acionista majoritário?

Metodologia – Compõem a amostra 134 empresas brasileiras listadas no Novo Mercado da B3 que, em janeiro de 2019, divulgaram o Balanço Patrimonial, DVA e Formulário de Referência, relativos a 2017. As firmas sem acionista majoritário tiveram a concentração de propriedade mensurada pela participação direta do maior acionista. Já para as companhias com acionista majoritário, além da variável citada, verificou-se, ainda, a sua composição anterior. A identidade do acionista majoritário foi classificada em: estatal, estrangeiro, familiar e institucional. Os dados foram trabalhados com teste de média e regressão.

Conclusão – Os resultados mostram que a concentração de propriedade não afeta a geração de valor adicionado total e a parcela distribuída aos proprietários. Todavia, constatou-se que a geração do valor adicionado total é negativamente afetada pelo controle familiar. Evidenciou-se, ainda, que os contextos de controle estatal ou institucional afetam positivamente a distribuição do valor adicionado destinado a proprietários. Conclui-se que a identidade do acionista majoritário afeta a geração do valor adicionado total e a parcela distribuída a proprietários, o que não ocorre com a concentração de propriedade.

Fonte: Governo CE

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