Muito se fala em carros elétricos no Brasil e já andamos em alguns deles por aqui. Contudo, não é somente o mercado de automóveis que possuem representantes energizados, as motocicletas também. Então, nesse Top 10, listaremos algumas delas.
Pensar em uma moto elétrica pode levar muita gente a lembrar de ciclomotores e motonetas que muitas andam a passear pelo Brasil, inclusive até em ciclovias ou ciclofaixas, gerando certa polêmica.
Mas, acredite, existem algumas motos elétricas no Brasil que fazem algumas à gasolina ou flex, de marcas famosas, pensarem duas vezes em encará-las nas saídas. Por aqui, existem modelos de até 14.000 watts ou algo em torno de 19 cavalos.
O número pode até não surpreender alguns, mas tudo isso e até quase 8 kgfm de torque, acontecem em apenas 0 rpm. A autonomia ainda é uma questão importante, mas alguns alcançam 180 km ou mais.
Existem alguns projetos em execução no Brasil que levam a coisa para 34.000 watts ou 45 cavalos e até 500 km de alcance, porém, a lista abaixo contempla os modelos que estão disponíveis para compra.
Todas as motos elétricas abaixo exigem carteira nacional de habilitação categoria A e também emplacamento, assim como toda a documentação. Dependendo da região, há isenção de IPVA e outros benefícios para veículos elétricos.
Então, confira abaixo o Top 10 das motos elétricas no Brasil:
1) Voltz EVS – R$ 19.900
Das marcas de motos elétricas presentes no Brasil, a Voltz é a mais proeminente e entrega um produto de qualidade aparente muito boa. A EVS é uma naked de foco urbano com design bem moderno e tem preço interessante.
Dotada de conjunto ótico full LED, a EVS é uma moto elétrica que vem com painel de LCD, conector USB e integração com smartphone. Com visual esportivo, traz suspensão traseira com monobraço, o que lhe dá um ar de Aprilia.
A Voltz EVS pode ser adquirida com uma ou duas baterias em slots que se encaixam no lugar que seria tanque e motor numa moto a combustão. Seu motor elétrico de 3.000 watts, montado na roda traseira, a leva de 0 a 60 km/h em 6 segundos.
Sua máxima é de 120 km/h, independente do pacote de baterias, que lhe permite rodar 120 km ou 180 km, com médias de 35/45 km/h, respectivamente. Com carregador de 10Ah, ela leva 5 horas para carga completa.
As baterias podem ser retiradas e carregadas em outro local, pesando 15 kg cada uma. A Voltz EVS tem modos de condução Eco, Standard e Turbo, com a última tendo pico de 7.000 watts. O veículo é conectado a uma rede de dados em nuvem. O preço é bom.
2) Super Soco TC Max – R$ 45.990
Uma das motos elétricas mais legais que existem por aqui é a Super Soco TC Max. Terceira versão desse modelo à venda no Brasil, ela mistura futurismo com o estilo café racer, tendo um visual próprio e bem estiloso.
Com banco de couro reto, tendo uma carenagem envolvendo a bateria e o motor, bem como um quadro de alumínio, que se estende pela balança traseira. Para manter-se retrô, preservou até um velocímetro analógico.
Traz ainda rodas de liga leve e freios CBS (ambos no guidão), mas seu motor, ao contrário dos modelos acima, é central e transmite seus 4.500 watts (6,1 cavalos) e 18,2 kgfm (!) à roda por correia dentada. Ela alcança 100 km/h e tem autonomia de 140 km, tendo dois modos de condução.
Ela tem botão de partida, chave eletrônica e bateria removível. Com motor Bosch e conjunto ótico de LED de design atraente, tem um app dedicado com comandos remotos e para-lama traseiro envolvente.
As pedaleiras do piloto são ajustáveis e o banco é de couro. Outro detalhe interessante da Super Soco TC Max é a suspensão dianteira upside down, que dá ao modelo um ar ainda mais sofisticado.
3) GWS K14RS – R$ 96.442,50*
Ela custa o mesmo que um SUV compacto em versão de entrada, mas é uma moto e não pertence a uma marca premium. A GWS K14RS, no entanto, é a atual superesportiva do mercado de motos elétricas no Brasil.
Toda carenada e com linhas agressivas, a K14RS chama atenção mais pela propulsão, que se dá através de um motor elétrico na roda traseira. Ele tem 14.000 watts, despejados diretamente no pneu, permitindo alcançar 170 km/h.
Realmente essa é uma velocidade bem alta, que supera até mesmo alguns carros elétricos premium, igualmente limitados pelo propulsor elétrico. De qualquer forma, toda a força (equivalente a 19 cavalos) é entregue em 0 rpm.
Com torque elevado, a GWS K14RS tem bateria de lítio que lhe dá 150 km de autonomia. A esportiva energizada tem ainda conjunto ótico de LED, conexão Bluetooth para smartphone, freios a disco (duplo na frente) com CBS e o chamado e-ABS.
Este último é o freio-motor gerado pelo propulsor, que também tem a função de regeneração de energia, útil para economizar energia na rápida K14RS. O ruim dela é o preço bem elevado…
(*) Preço do modelo 2019.
4) GWS K8000R – R$ 65.000
Ainda na gama de motos elétricas da GWS, marca baseada em São Paulo, mas com representação no interior do Estado e no Nordeste, a naked K8000R é a segunda na hierarquia de força, apesar de ainda ser muito cara.
Como o nome já indica, ela tem motor elétrico (na roda traseira) com 8.000 watts de potência, o que dá 10,9 cavalos. Isso nem chega ao que era a antiga Honda CG 125, porém, numa moto elétrica, isso bastante.
Um exemplo é a final de 130 km/h. Na GWS K8000R, isso a coloca bem abaixo da irmã esportiva, mas certamente deixa muita moto a combustão com mais cavalos para trás. O modelo traz também freios com disco duplo na frente, painel digital e visual agressivo.
O tempo de recarga, assim como da K14RS, varia de 6 a 8 horas, tendo ainda a mesma autonomia. Tanto a K8000R quanto a K14RS sobem rampas de 35% ou 19 graus.
A K8000R oferece ainda conexão Bluetooth, alarme com controle remoto e freios CBS/e-ABS. Seu peso é de 170 kg contra 185 kg da K14RS.
5) Voltz EV1 Sport – R$ 14.990
A Voltz tem outro produto, dessa vez, um scooter chamado EV1 Sport, que foi seu primeiro modelo aqui. Em versões com 100 ou 180 km de autonomia, a urbana da marca brasileira pode alcançar esses números rodando a média de 35 km/h.
Ela vem com motor elétrico de 3.000 watts, com pico de 4.500 watts, a EV1 Sport vai de 0 a 60 km/h em 12 segundos e tem máxima limitada a 75 km/h, suficiente para o deslocamento urbano, sendo sua proposta.
Igualmente conectada a nuvem da Voltz como a EVS, essa scooter também tem conjunto ótico full LED, painel digital e visual moderno, com materiais de qualidade aparente. Ela tem três modos de condução que limitam a velocidade.
O tempo de recarga é de 5 horas com carregador que vem com o veículo, tendo suas baterias garantia de 3 anos.
Como a EVS, pode-se ouvir as direções do GPS nativo ou através do smartphone via Bluetooth. Também tem freios CBS como a EVS.
6) Shineray SE 1 Lítio – R$ 12.990
A Shineray prepara uma street elétrica para 2022, mas no momento, conta apenas com scooters. Esse é o caso da SE 1, que tem a vantagem de custar pouco em relação às marcas menores.
Como é a terceira marca de motocicletas mais vendida no Brasil, a Shineray tem uma rede mais ampla de atendimento e a SE 1 tem maior suporte. Como o nome indica, essa versão tem bateria de lítio e por isso é um pouco mais cara que a Chumbo (abaixo).
Apesar de a designação ser SE 1 para elas, são motos diferentes. A SE 1 Lítio tem um visual mais moderno, com frente dotado de farol de LED com luzes diurnas em “X”, contudo, com exceção das capas da suspensão traseira, o resto tem visual comum.
Equipada com motor elétrico de 2.000 watts (2,71 cavalos), o Shineray SE 1 Lítio tem o propulsor no cubo da roda e velocidade de até 60 km/h. Com garantia de até 60 km de autonomia, a scooter da marca chinesa tem tempo de recarga de 6 a 8 horas.
Tendo freios a disco nas duas rodas, com sistema CBS e rodas de liga leve aro 12 polegadas. O SE 1 Lítio pesa 86 kg e bateria removível.
7) Shineray SE 1 Chumbo – R$ 10.990
Com visual parecido com o da GWS K2000DL, que não está no Top 10, a Shineray SE 1 Chumbo tem a vantagem de autonomia maior que a Lítio, com 80 km. O modelo tem ainda farol duplo e banco com poio lombar para o garupa.
Há uma alça traseira grande e o banco permite adicionar algum objeto sob o assento, visto que a bateria de chumbo-ácido (similar a de carro) ocupa um bom espaço. A scooter tem painel digital e piso plano para o piloto.
Com tempo de recarga de 7 a 8 horas, a SE 1 Chumbo tem a desvantagem de pesar mais por causa da bateria, que é removível, sendo de 123 kg.
O que chama atenção são os freios CBS com enorme disco “pétala” na frente que toma toda a roda, isso porque é preso no aro e não no cubo, com pinça e pastilha na parte interna. Sem dúvida, um design incomum em motos populares.
O bom da SE 1 Chumbo é o preço, sendo a moto elétrica (que necessita de habilitação e emplacamento) mais barata do mercado.
8) Shineray SE 2 – R$ 12.990
A Shineray SE 2 custa o mesmo que a SE 1 Lítio, porém, é menor. Ela tem visual mais moderno e chama atenção pelo farol de LED quadrado, com luz diurna em LED. O painel é digital e a lanterna traseira é em LED, porém, com piscas integrados.
Com espaço pequeno para objetos abaixo do banco, a SE 2 tem ainda um pequeno escudo de acrílico junto ao painel. Pesando 84 kg, a scooter elétrica da Shineray tem motor elétrico Bosch no cubo da roda com 2.300 watts (3,12 cavalos).
Ela chega até 60 km/h e tem autonomia de 60 km, razoável para uso urbano e a proposta da pequena scooter da Shineray. O modelo tem recarga total entre 6 e 8 horas, permitindo deixá-la carregando no horário de trabalho.
Junto às irmãs SE 1 Lítio e SE 1 Chumbo, a SE 2 fecha a trinca de motos elétricas da Shineray, que terá em 2022, a SHE 3000, uma street estilo CG ou Factor. A questão, contudo, será o preço…
9) Super Soco CUX – R$ 24.990
Na linha Super Soco, o modelo CUX é uma scooter com ares de Vespa, tendo um visual bem moderno com assinatura em LED num conjunto ótico único no guidão. Ela tem bateria removível que lhe dá 70 km de autonomia.
Pesando 78 kg (menos que os 103 kg da TC Max), a CUX tem motor elétrico no cubo da roda traseira, entregando 2.788 watts ou 3,79 cavalos, mas seu torque é maior que o de um carro popular 1.0: 11,7 kgfm!
Com máxima de 65 km/h, a Super Soco CUX é dedicada ao uso urbano e porta-objetos no escudo frontal, porém, o espaço sob o banco é quase todo tomado pela enorme bateria. O painel é digital, porém, mais simples que a TC Max.
Seu diminuto banco tem ainda alça de aço para um evento garupa, tendo a CUX luzes traseiras em LED. A motoneta tem rodas de liga leve e freios combinados, obrigatórios no Brasil. Assim como outros Super Soco, vem com chave eletrônica e alarme.
Disponível em quatro cores, a Super Soco CUX tem ainda uma edição especial Ducati. Sim, a marca italiana de motos premium do grupo Volkswagen, tendo mudanças na pintura, grafismos e detalhes do acabamento.
10) GWS K4000RP – R$ 26.300**
De volta à GWS, a marca paulistana de motos elétricas oferece a K4000RP, uma scooter com visual pouco chamativo, que vem com um bauleto na rabeta. Ela tem rodas de liga leve e freios a disco na frente e atrás, ambos CBS.
Seu motor elétrico de 4.000 watts (5,44 cavalos) garante aceleração até 70 km/h e a bateria de lítio permite rodar até 150 km. O tempo de recarga é de 10 horas e, segundo a GWS, a garantia de vida útil da bateria vai até 3 anos.
Na GWS K4000RP, há painel em LCD, assim como farol, piscas e lanterna são em LED. Essa scooter elétrica tem ainda controle remoto e entrada USB, o que possibilita carregar o smartphone num suporte junto ao guidão.
O lado ruim da GWS K4000RP é mesmo o preço, apesar do visual ficar aquém do esperado, dado seu valor, mas a busca pela economia tem prioridade nesse caso.
(**) Preço com duas baterias: R$ 31.300.
Fonte: Agência Brasil