A Rivian começou agora sua jornada pelo mundo automotivo, ao iniciar a produção da picape elétrica R1T, mas a mais nova marca de carros dos EUA consome enorme quantidade de dinheiro, tida como prejuízo. Agora, além de perdas enormes de capital, tem ainda que enfrentar mais acusações da Tesla.
Diante de sua oferta de ações no mercado financeiro, a Rivian parece um poço profundo para perda de dinheiro, que faria um investidor comum não querer apostar nela. Contudo, os gastos para começar do zero no setor automotivo são enormes, ainda mais quando o produto é um veículo elétrico.
Em 2019, a Rivian registrou saldo negativo líquido de US$ 426 milhões, que subiu para US$ 1,01 bilhão. Só neste primeiro semestre, a fabricantes de carros elétricos alcançou US$ 994 milhões de prejuízo. Pelo que se sabe recentemente, a empresa tem em caixa US$ 3,7 bilhões.
Ainda que não haja nenhum lucro, a Rivian está longe de ser uma aposta perdida, pelo contrário. Com investidores pesados, como Ford e Amazon, entre outros players com muito dinheiro, a startup já assegurou nada menos que US$ 10 bilhões.
Isso é mais que o esperado para a Rivian concluir seu processo de inicialização no mercado automotivo, esperado até o final de 2023 com investimento total de US$ 8 bilhões em gastos de capital. Com dois produtos na mesa (R1T e R1S), a marca terá mais seis modelos a partir dessa data e quer ter fábricas na Europa e China.
O acordo com a Amazon também é outro ponto que os investidores estão interessados, visto que o contrato entre as duas empresas é de quatro anos com exclusividade para a empresa de mídia e comércio eletrônico sobre o veículo elétrico de entrega. Ou seja, após 2025, o mesmo poderá ser vendido pela Rivian para outras empresas.
Como se trata de um negócio com potencial, as vans elétricas geram grande interesse, o que deve levar a mais bilhões entrando na conta da Rivian. Contudo, a Tesla quer jogar areia no negócio, ampliando as acusações de ações ilegais já denunciadas, dizendo que a startup teria se apossado de ideias suas por pressão dos investidores, já que a Rivian está há 12 anos sem produzir veículos.
Além disso, a Tesla teria feito uma nova acusação, dizendo que Rivian se apossou de duas de suas novas baterias, sendo a 4680 (ainda não comercializada) e a 2170 (com a Panasonic), que equipa o Model 3. A Rivian supostamente estaria usando um formato 2170 na R1T em parceria com a Samsung SDI, mas isso não foi confirmado. Agora é esperar para ver…
[Fonte: Carscoops/Auto Evolution]
Fonte: Agência Brasil