Há oito meses no mercado europeu, o Dacia Spring alcançou a importante marca de 40.000 unidades vendidas. Esse é o volume do Renault K-Ze, o nosso popular Kwid com propulsão elétrica, que chega por aqui em 2022, prometendo ser o mais barato.
Numa ação importante, dada a pressão ambiental no mercado europeu, a Renault apostou no K-ZE como um produto da Dacia, ainda que o próprio Kwid seja um romeno em potencial. De baixo custo, o pequenino jogou o preço para baixo e aproveitou os bons incentivos fiscais locais.
Para a Dacia, o Spring “democratiza” a eletrificação e isso é o alvo da marca, que ousou dizer que seus consumidores não estão interessados em tecnologias inúteis. No caso do Kwid elétrico, a tecnologia é necessária para o começo do fim dos carros a combustão.
Vendendo 5 mil unidades mensalmente desde julho, o Dacia Spring tem potencial até para mais que 60.000 unidades anuais, contudo, o que o atrapalha é exatamente aquilo que torna os carros elétricos atraentes na Europa, os incentivos fiscais.
Ainda que custe pouco mais de € 16 mil e tenha planos de financiamento com mensais de menos de € 90, o Dacia Spring vê alguns rivais chegando mesmo a sair de graça ou quase isso em determinados mercados, tamanha carga de descontos para carros elétricos.
Dessa forma, ainda que brilhe pelo baixo preço, seu reflexo de luz não é tão grande quanto deveria num ambiente tão competitivo. De qualquer forma, o Kwid elétrico é uma arma que a Dacia precisa ter para não ser punida por um portfólio basicamente a combustão.
Por lá, a marca romena só terá seu primeiro híbrido em 2023 e mesmo com os demais programados, ela ficará em posição de alvo de Bruxelas se não encontrar uma forma de fazer carros elétricos baratos para manter sua própria identidade.
Aqui, a Renault vem preparando o terreno para o Kwid elétrico, que deve chegar importado da China devido aos custos. Por ora, vende o Zoe de segunda geração e o Kangoo, que nesta semana teve 100 exemplares vendidos para uma rede de lojas de departamentos.
Fonte: Agência Brasil