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Saiba como um militar inglês “salvou” a vida do Fusca


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Volkswagen
Divulgação

Linha de produção do mas já no ano seguinte a fábrica da Volkswagen era capaz de produzir até 1.000 automóveis por dia

Como boa parte dos entusiastas de carro já está cansado de saber, o Volkswagen Fusca é descendente direto do Kdf-Wagen, o carro criado pelo governo da Alemanha nazista como um meio de popularizar o automóvel. Mas o que nem todo mundo sabe é que o sucesso do famoso carrinho está ligado diretamente a um oficial do Exército britânico, que não deixou que a fábrica fosse descartada como sucata.

Em junho de 1945, um mês após o fim da Segunda Guerra Mundial, os militares britânicos ficaram responsáveis por administrar os destroços da fábrica da Volkswagen , rejeitada por americanos e soviéticos que não se interessaram pelos aparentes restos de maquinário de uma fábrica capaz de produzir apenas um carro pequeno e com motor refrigerador a ar.

Ao vistoriar os restos do local, o major Ivan Hirst percebeu que a fábrica tinha condições de voltar a funcionar. Reunindo todo o maquinário que havia sido escondido para escapar dos bombardeios, sugeriu que um dos modelos que era feito lá poderia ser produzido para atender às necessidades de transportes das forças britânicas.

Volkswagen Type 1
Divulgação

Os primeiros Volkswagen Type 1 usavam componentes militares que restaram da Segunda Guerra Mundial

Usando peças estocadas e componentes originalmente produzidos para o Kübelwagen — o “jipe” do Exército alemão — a fábrica de Wolfsburg produziu em 27 de dezembro de 1945 o primeiro Volkswagen Type 1, como foi inicialmente rebatizado Kdf-Wagen, que no Brasil ganharia anos depois o nome Fusca.

A data é considerada até hoje pela montadora alemã como o início oficial da produção do Fusca, já que antes do início da Segunda Guerra haviam sido produzidas apenas 630 unidades do Kdf-Wagen , boa parte delas entregues apenas para uso do governo nazista.

Foram produzidos 55 carros até o fim de 1945, mesmo com as limitações causadas pelo período do pós-Segunda Guerra na Alemanha, com a escassez de matérias-primas, eletricidade e até alimentação e moradia para os operários.

Já no ano seguinte a fábrica da Volkswagen era capaz de produzir até 1.000 automóveis por dia. Nível de produção alto em um momento em que o restante da indústria automobilística alemã ainda estava paralizada por conta dos efeitos do conflito mundial. E que contribuiu para o sucesso posterior do  Fusca no mercado alemão e no mundo.

Fonte: IG CARROS

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