InícioCARROS E MOTOSLocadoras em dificuldade para aumentar frota com crise do chip

Locadoras em dificuldade para aumentar frota com crise do chip

As locadoras de veículos estão com dificuldades para repor as frotas que deveriam normalmente dispor no mercado nacional. Com os negócios aquecidos, as empresas do setor não buscam alternativas para manter o serviço com veículos mais novos.

Somente no primeiro semestre, o setor deveria comprar 800 mil carros novos, incluindo comerciais leves, porém, deixaram de emplacar entre 380 mil a 400 mil unidades, ou seja, metade do normal.

Segundo a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), o setor deixou de investir R$ 22 bilhões em compras de carros novos, considerando o preço médio de R$ 60 mil por veículo.

Paulo Miguel Júnior, presidente da Abla, disse:  “A queda é impactante frente ao total de carros que o setor iria comprar, não fossem as consequências dessa pandemia”.

VEJA TAMBÉM:

Júnior comenta que no mês de junho, a queda foi de 13,4% na produção, mas isso era relacionado com números de 2020, num período em que a indústria estava parada por medidas de restrição.

Então, com volume sempre mais baixo, as montadoras não conseguem suprir a demanda das locadoras e nem como mercado automotivo. Para piorar, a crise do chip afetou a fabricação de muitos carros.

No caso dos populares, alguns modelos tiveram a produção interrompida, como, por exemplo, os modelos Joy e Joy Plus, altamente procurados por locadoras, que desde junho estão com a linha de montagem parada no ABC e assim ficarão até o final de agosto.

Em contrapartida, o Mobi é outro popular com demanda elevada e produção alta, porém, ele sozinho não dá conta da demanda e a Fiat precisa ainda demandar chips para outros produtos de volume, especialmente de valor agregado maior.

Júnior alerta que a situação “ainda pode piorar se pensarmos na concorrência com o setor de eletrônicos, que demanda ainda mais semicondutores no segundo semestre. Nossa expectativa é que o mercado de veículos só volte à normalidade em 2022”.

Contudo, alguns fabricantes comentam que a crise do chip só deve ser encerrada completamente em 2023. Até lá, problemas eventuais de fornecimento devem ocorrer na cadeia de suprimentos global.

[Fonte: M&E]

AUTOMOTIVO

Fonte: Agência Brasil

Últimas Notícias

MAIS LIDAS DA SEMANA