Ela já estava contornando com pé embaixo e agora usa a vetorização de torque para fechar mais fora da curva do mercado mundial. Quem? A Mazda, é claro. Indo contra a corrente alternada que alimenta investimentos bilionários no setor automotivo, a japonesa quer ser a última purista.
Para isso, ao virar a mesa e chutar a cadeira, os engenheiros da Mazda projetaram uma nova plataforma de tração traseira para abraçar carros de segmentos D e E. Além disso, adicionaram ao pacote um inédito seis em linha 3.0 Skyactiv para ninguém botar defeito.
Com coisas como motor de alta compressão homogênea, a Mazda agora confirma que terá sua “ofensiva SUV”, mas bem diferente daquela promovida pela VW por aqui. A japonesa confirma cinco modelos novos até 2023 e ele serão: CX-50, CX-60, CX-70, CX-80 e CX-90.
O legal disso tudo é que quatro deles terão tração traseira e a evidente opção AWD. Só faltará uma caixa manual de seis velocidades para os amantes da embreagem reservarem seu dinheiro. Ainda assim, estes cinco modelos não serão puramente apenas cinco produtos distintos, pois, terão variações.
Na estratégia de produto da Mazda, eles são chamados Large Products, enquanto os Small Products, como o CX-30 e o CX-50, terão tração dianteira. Nenhum dos modelos médios ou grandes atualmente manterá o conjunto motriz em transversal.
Ainda que sejam cinco modelos, eles não estarão todos juntos na mesma prateleira de mercado. O CX-50 será vendido apenas nos EUA e será um modelo abaixo do CX-5 atualizado. Ambos compartilharão a plataforma do Mazda3, de tração dianteira. Contudo, CX-30 e CX-5 têm apenas 15 cm de diferença de tamanho…
Já o CX-60 será um SUV de cinco lugares e terá no CX-80 seu correspondente maior, com sete lugares. Eles serão reservados para os mercados da Europa e Japão. Por fim, os CX-70 e CX-90 serão seus primos de comprimento superior, reservados com cinco e sete lugares para o mercado norte-americano.
Substituindo os modelos atuais, estes quatro terão versões híbridas plug-in para Japão e Europa, além de versões a gasolina (Skyactiv-X com 18:1 de compressão) e diesel Skyactiv-D, ambos seis em linha e com hibridização leve de 48 volts. Em casa, ela terá até um diesel plug-in para rodar o país todo sem abastecer.
Então, é assim que a Mazda seguirá até a próxima década, quando não haverá como evitar a eletrificação plena, exceto se apostar em países emergentes com seus planos de biocombustíveis alternativos…
[Fonte: Carscoops]
Fonte: Agência Brasil