A Toyota Hilux SRV é uma versão que, por muitos anos, serviu como topo de linha para o modelo da marca japonesa. Ao longo dos anos, essa opção agrada muitos consumidores no Brasil, mas perdeu a posição para a SRX em 2015.
Tendo atravessado três gerações da picape média, a sigla SRV começou em sua proposta original, a SR5. A SRX, por exemplo, seria a SR10. Essa alteração de fato nunca existiu estampada na caçamba do veículo, mas era chamada assim.
Tudo isso começou em 1997 e, de lá para cá, apenas em um ano/modelo, a Hilux SRV não deu as caras. Geralmente bem equipada, esta versão chama atenção pela profusão de cromados na carroceria e acabamento interno em couro bege.
No mercado, a SRV é uma equivalente da LTZ de Chevrolet S10 e da XLT de Ford Ranger, por exemplo. Ela se posiciona sobre a SR, a proposta inicial para clientes particulares da Hilux, enquanto aquelas sem identificação, são de trabalho.
De acordo com o ano/modelo, a Hilux SRV vem com mais que couro nos bancos e portas, trazendo ainda couro no volante, ambiente normalmente na cor bege ou cinza-claro, ar condicionado automático e direção hidráulica ou elétrica.
Hilux SRV – Versão
Também adiciona piloto automático e tem opção automática de quatro, cinco ou seis marchas, a depender da geração. Muitas unidades vistas com santantônio e estribos, são em realidade equipadas com estes acessórios.
Contudo, as rodas de liga leve vêm de fábrica, assim como faróis de neblina e detalhes cromados nos retrovisores, grade e maçanetas, por exemplo. Capota marítima ou rack de teto, assim como protetor de caçamba, eram só como acessórios.
Em seu histórico, a Hilux SRV teve motores diesel que foram de 77 cavalos até 204 cavalos, incluindo aí atualizações com 90, 116, 163, 171 e 177 cavalos. Isso sem contar o uso de motores a gasolina e flex.
O primeiro surgiu em fins de 2008 e passou a equipar brevemente a SRV, até que foi convertido para flex pouco depois. De 156 cavalos no derivado, o 2.7 passou a ter até 163 cavalos com etanol. Ele dura até hoje com os mesmos números.
Com suspensão dianteira de duplo braço, traseira com feixe de molas e chassi reforçado com cabine de aço dotada de caçamba, a Toyota Hilux SRV é apta para o fora de estrada, tendo geralmente tração 4×4 com reduzida.
A Hilux SRV era inicialmente chamada de SR5 e era versão única no final da década de 90, chegando ao Brasil através da importação argentina, onde até hoje a picape média para o mercado nacional, se origina.
Feita em Zárate, a Hilux teve ainda a versão DLX nos primeiros anos, até que a Toyota limitou o produto as opções de trabalho e a SRV, que reunia basicamente tudo o que a marca queria oferecer para os clientes focados no lazer.
Somente em 2003 surgiu a versão SR, que se tornou um complementar da SRV, que era agora a opção topo de gama. Assim, a picape manteve três opções para os clientes brasileiros.
Na primeira geração, a Hilux SRV teve somente o motor diesel 2.8 com 77, 90 e 116 cavalos, dependendo do ano/modelo. Somente quando mudou de geração, passando da sexta para a sétima, numa contagem global, a versão modernizou-se.
Saiu o 2.8 diesel e entrou um novo motor 3.0, que logo de cara elevou a cavalaria da SRV para 163. Além disso, a Hilux mais completa adicionou transmissão automática de 4 marchas.
Mais adiante, o mesmo 3.0 passaria a ter 171 cavalos e o câmbio automático pularia de quatro para cinco marchas, melhorando a eficiência da Hilux SRV. Ainda assim, o bom conjunto ficou ainda melhor na oitava geração, a atual.
Contudo, de olho no mercado de veículos flex e também como uma forma de reduzir preço para atingir clientes mais urbanos, a Toyota introduziu o motor 2.7 a gasolina na SRV, isso em fins de 2008. Mas, na década seguinte, virou flex.
A Hilux SRV Flex tinha (e ainda tem) 158 cavalos na gasolina e 163 cavalos no etanol. Automática, essa versão teve tração 4×2 ou 4×4, sendo mais em conta, porém, mantendo o nível de equipamento.
Lançada em 2016, a Hilux atual adicionou o motor diesel 2.8 com 177 cavalos na SRV e outras versões, mas na linha 2021, a Toyota deu um enorme salto, pulando para 204 cavalos na picape.
Em ganho, ela só perdeu para a Hilux SRV de sexta geração, que saltou 47 cavalos ante 27 cavalos do modelo 2020 para o 2021. Na versão Flex, nada mudou, mas agora somente com tração 4×2 e a necessária caixa automática.
Mercado
A Hilux SRV é a versão mais valorizada da picape média da Toyota, visto que é a mais completa depois da SRX. Ainda que esta seja mais cara, abrange apenas uma das três gerações do modelo e é bastante cara.
Assim, em custo-benefício, a SRV é a melhor opção para os consumidores que buscam uma picape completa, robusta e confiável, que também é econômica e tem baixíssima desvalorização no mercado.
Hoje em dia, com a escassez de carros novos no mercado, os veículos usados dispararam de preço, inflacionando os valores e tornando a Hilux SRV mais cara no mercado de usados, uma boa para quem vende e ruim para o comprador.
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Hilux SRV 1997 a 2005
A Hilux SRV aparece como SR5 em 1997, na sexta geração da picape média da Toyota, que vinha da Argentina e trazia consigo um pacote simples de conteúdo, mas já tinha um visual prometendo algo mais em luxo.
Detalhes
Visualmente, a Hilux SRV trazia para-choque dianteiro cromados, assim como grade com molduras cromadas, que envolviam ainda os faróis quadrados e simples, bem como luzes de posição e lanternas.
Os repetidores de direção ficavam no para-choque e a parte inferior era em cinza. Com rodas eram de aço texturizadas, tendo aro 16 polegadas e pneus 215/80 R16. Retrovisores e maçanetas eram cromados, havendo ainda estribos grandes.
Na traseira, lanternas verticais simples e detalhes cromados, igualmente no para-choque. A Toyota Hilux tinha ainda para-barros grandes e trilhos externos para amarração de carga na caçamba.
Esta tinha 776 litros de volume e a carga útil era de 1.000 kg. Com cabine dupla, a SRV de 1997 tinha ar condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos nas quatro portas e travas elétricas com comando centralizado.
A Hilux SRV tinha ainda freio de estacionamento por trava de mão, assim como alavanca para mudanças da tração 4×4 e tecido nos bancos e portas. Havia também um sistema de áudio com rádio e toca-fitas, algo típico da época.
Nos anos seguintes, a Hilux recebeu mudanças na grade dianteira e rodas modificadas, além de alterações na padronagem dos assentos. Como uma geração pouco mudava na época, as maiores alterações eram mecânicas.
Em 2001, a mudança de motor trouxe um facelift com grade preta e maior, além de cromado que envolvia até o capô. A Hilux SRV já portava freios com ABS, garantindo mais segurança.
O para-choque se tornava mais envolvente e o painel fora revisado, adicionando cluster de fundo azul, nova padronagem de bancos e portas, assim como volante com airbag do motorista. Havia também uma bolsa inflável para o passageiro.
Motores
O propulsor diesel 3L com 2.8 litros, equipava a Hilux SRV nessa época e com turbo dotado de intercooler, entregava somente 77 cavalos a 3.800 rpm e 17,7 kgfm a 2.400 rpm. Ainda usava bomba injetora e tinha câmbio de cinco marchas.
A tração tinha opções 4×2, 4×4 e 4×4 com reduzida. Com chassi de longarinas e eixo rígido atrás, dotado de feixe de molas, ela era bem robusta. Em 1999, o motor 3L foi trocado pelo 1ND 3.0 litros, que entregava 90 cavalos e 19,6 kgfm.
Mas, em 2001, a Toyota adicionou uma atualização no 1ND, passando-o para 116 cavalos a 3.600 rpm e 31,8 kgfm a 2.000 rpm. Ela podia engatar o 4×4 até 80 km/h com a reduzida sendo feito com o veículo parado.
Desempenho e consumo
Na Hilux SRV 2.8, o consumo de diesel na cidade era de 7 km/l, enquanto na estrada fazia 11 km/l. Já o modelo 2001 fazia 9 km/l e 11 km/l, respectivamente. A primeira precisava de 25,5 segundos para chegar a 100 km/h.
No modelo 2001, a SRV fazia o mesmo em 17,1 segundos e seu tanque de 65 litros garantia alcance de 715 km. O motor 1ND 3.0 manteve o desempenho e a economia até 2005, quando houve a mudança de geração.
Hilux SRV 2006 a 2015
A segunda geração da Hilux SRV veio com porte maior e linhas mais suaves, englobando um conjunto mais confortável e agora com painel mais moderno, com direito até à multimídia. O acabamento em couro ampliou o status da versão.
Detalhes
Com linhas expressivas e fluidas, a Hilux SRV tinham faróis puxados e grade com friso central na cor do carro. Agora com rodas de liga leve aro 15 polegadas e pneus 255/70 R15, a picape tinha para-choques envolventes e detalhes cromados.
Bem elegante em suas linhas, era 40 cm maior que a anterior e tinha caçamba com 1.036 litros, mesmo coma cabine dupla. Tinha estribos laterais, enquanto seu interior tinha um painel sofisticado e tinha difusores de ar escamoteáveis.
O rádio era 2din e tinha CD player, com ar condicionado manual e porta-copos retráteis. Os bancos ainda eram em tecido inicialmente, mas a atualização de 2009 trouxe acabamento em couro bege, mantendo o padrão de dois tons do painel.
Nessa revisão, a SRV adicionou ar condicionado automático e um novo volante de quatro raios, que adicionava comandos de computador de bordo e mídia, além de piloto automático em haste.
Nesta geração, a Hilux SRV já tinha freio de estacionamento por alavanca manual e o sistema 4×4 continuava igualmente por alavanca, mas agora ao lado do câmbio ou à frente do automático.
Uma nova enorme grade cromada e faróis sobressaltados marcaram a Hilux SRV 2014, que trazia revisão dos para-choques e lanternas, assim como das rodas de liga leve.
A SRV ganhou uma adição, a SRV Top e trazia multimídia com navegação por GPS e reprodução de DVD, mas a câmera de ré era vendida como acessório. Como anteriormente, a alavanca da transmissão automática era por seletor tipo escada.
Motores
O motor diesel 3.0 1ND foi atualizado para 163 cavalos a 3.400 rpm e 35 kgfm a 1.400 rpm, adicionando ainda uma caixa automática de quatro marchas à Hilux SRV 2006. Isso permitiu que a picape tivesse um ótimo desempenho.
O conjunto se manteve o mesmo até 2014, quando a potência sdubiu para 171 cavalos e torque chegou a 36,7 kgfm. Nesse modelo, a SRV trocou o câmbio automático por um de cinco marchas, ampliando o conforto e a eficiência.
Desempenho e consumo
Agora, a Hilux SRV 3.0 ia de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos com caixa automática e menos que isso na manual. Tendo airbag duplo e freios com ABS, ele recebera ainda controle de tração e estabilidade antes da mudança de geração.
No consumo, ela fazia ótimos 9,5 km/l na cidade e 11,2 km/l na estrada. Seu tanque de 80 litros garantia quase 900 km de autonomia. A suspensão e a direção receberam melhorias também, assim como o acabamento.
Hilux SRV 2016 a 2022
A atual geração da Hilux SRV nasceu com um motor diesel 2.8 totalmente novo, assim como transmissão de seis marchas, manual ou automática. Ficou mais equipada, mas perdeu o posto de topo de linha para SRX e, depois, GR Sport.
Detalhes
Adicionou a Hilux SRV, faróis com projetores, luzes diurnas em LED, lanternas em LED, para-choque mais volumoso e grade hexagonal. Maior que a anterior, tem caçamba de 1.000 litros e mesma capacidade de carga de uma tonelada.
Mais robusta e segura, adicionou sete airbags, multimídia com DVD/CD/GPS/TV digital, câmera de ré, ajustes elétricos da tração 4×4 e controle de descida, assim como rodas de liga leve aro 18 polegadas com pneus 265/60 R18.
Em 2021, a SRV ganhou faróis de LED e lentes revisadas, assim como grade maior, para-choques novos e acabamento revisado. Ajuste na suspensão, direção e chassi permitiram melhor desempenho e conforto com a motorização mais forte.
Recebeu o pacote Toyota Sense com alerta de colisão e frenagem automática de emergência, alerta de faixa e ponto cego, farol alto automático, entre outros. A direção passou a ser elétrica.
Motores
O motor diesel 1GD 2.8 tinha 177 cavalos e 45,9 kgfm quando surgiu na oitava geração da Hilux SRV, mas foi atualizado para 204 cavalos a 3.400 rpm e 50,9 kgfm a 2.800 rpm.
Assim como na sétima geração, o motor 2.7 está presente, com 156 cavalos e 24,5 kgfm em 2009, ele virou flex em 2014, passando a ter 158 cavalos na gasolina e 163 cavalos no etanol, o que se manteve até agora. Oferece somente tração 4×2.
Desempenho e consumo
A Hilux SRV vai de 0 a 100 km/h em 12 segundos e tem máxima de 180 km/h, fazendo 9 km/l na cidade e 10,5 km/l na estrada. Na Flex, o consumo é de 4,8/6,9 km/l na cidade e 5,6/8,1 km/l na estrada, respectivamente etanol e gasolina.
Hilux SRV 1997-2022 – Fotos
Fonte: Agência Brasil