Nada de Xpeng. A Xiaomi terá seus próprios carros elétricos e isso ocorrerá em 2024. A empresa de tecnologia, no entanto, busca uma base para colocar isso em prática e suspeita-se que a compra da NEVS, divisão de veículos elétricos do gigante combalido Evergrande, pode ser o caminho.
Fabricante de celulares, a Xiaomi tem US$ 10 bilhões para gastar em desenvolvimento e produção de automóveis pelos próximos 10 anos, mas isso se dará mais rápido com a aquisição de uma base industrial e não construir tudo do zero.
Essa é uma estratégia que a Great Wall Motors vem fazendo, mas fora da China. Aliás, outro boato que corre na China é de que a Xiaomi buscaria uma parceria com a Great Wall para fazer seus elétricos, mais ou menos nos moldes da NIO com a JAC Motors.
De qualquer forma, a ambição da Xiaomi é grande, uma vez que a intenção não é produzir apenas para abastecer a China e lotes pequenos para exportação. O principal argumento é lançar produtos acessíveis, numa estratégia tirada de seu negócio com smartphones.
Nesse caso, para oferecer mais por menos, a ideia é lançar carros com preço médio de € 12.500. A começar por um sedã e um SUV, seguindo a trajetória de outras marcas, como a Foxtron (Foxconn) de Taiwan. Já tendo vislumbrado o potencial dos carros elétricos, a Xiaomi agora sabe que é hora de acelerar com suas próprias pernas.
A empresa, assim como a Alibaba, investiu pesado na Xpeng, mas não é controladora da mesma. Foram US$ 4000 milhões que deram à Xiaomi a visão do mundo automotivo. Com a Great Wall, a empresa teria uma boa base industrial, mas compartilhada.
Já com a NEVS, a vantagem seria ter toda a infraestrutura e engenharia de bateria, assim como a fábrica da Saab em Trollhattan, Suécia, que poderia dar à Xiaomi a oportunidade de produzir na própria Europa, tanto carros quanto baterias. Este movimento, sem dúvidas, seria mais um argumento para ampliar a velocidade da eletrificação no continente.
[Fonte: Auto News]
Fonte: Agência Brasil