O lay-off é o termo usado para suspensão temporária do contrato de trabalho, um recurso usados por várias empresas, especialmente montadoras, para o afastamento de um grupo de funcionários por um determinado tempo, que no Brasil é de até um ano, segundo as regras mais recentes.
A Fiat, em Betim, já prepara seu lay-off para atravessar a crise dos chips. Fazendo na cidade mineira os modelos Mobi, Uno, Argo, Strada, Grand Siena e Doblò, assim como o Pulse, a montadora italiana “assusta” ao informar que pelo menos 6,5 mil trabalhadores serão envolvidos na suspensão.
Isso é um número enorme, metade do quadro existente na enorme planta da Fiat. Além disso, o período pode durar de dois a quatro meses e isso terá reflexos diretos na produção, sem dúvidas. A Stellantis informou que ainda está em estudo a aplicação dessa ferramenta trabalhista.
Mesmo tendo “sustentado” o volume do mercado nessa época de escassez de semicondutores, a Stellantis foi a terceira que mais perdeu produção no país, atrás de GM e Volkswagen. Mesmo atingindo a liderança absoluta com a Fiat e posicionando bem a Jeep, a empresa foi forçada a reduzir o ritmo para não parar completamente.
Já tendo feito acordo com os funcionários, a Stellantis pagará o salário integral para quem recebe até R$ 3,5 mil. Quem recebe acima terá redução salarial e os que passarão por capacitação profissional, que será online, receberão ajuda de custo de R$ 70,00 para pagar a internet.
Com isso, a Stellantis vislumbra dias difíceis no segundo semestre de 2021, mas ainda não deu uma data para que o lay-off ocorra, visto que isso depende das remessas de semicondutores enviadas para a montadora. É algo que pode variar de um dia para o outro, como já vimos em alguns casos.
No setor, a Scania ficará paralisada no ABC paulista por 12 dias em setembro, enquanto a VW suspende os dois turnos da Anchieta de hoje (27) a 6 de outubro. Em Taubaté, um turno seguirá suspenso no mesmo período.
[Fonte: Automotive Business]
Fonte: Agência Brasil