A era dos muscle cars como conhecemos já passou. Há pelo menos 40 anos, os monstros de período jurássico da indústria americana quase foram extintos pelas duas crises do petróleo, mas esses impactos ainda mantiveram os grandes V8 em quantidade menor.
Hoje, nos EUA, podemos contar nos dedos das mãos os sobreviventes, onde praticamente os pony cars ainda resistem ao pleistoceno elétrico, que levará os carros num direção bem diferente. Nesse admirável novo mundo, não haverá lugar para V8 e a Dodge é a primeira a falar abertamente sobre isso.
Mãe de dois desses monstros que ainda rugem, a Dodge já tem a data para a extinção: 2024. Nesse apocalipse dos muscle cars, Challenger e Charger sairão de linha na mesma época, diz Tim Kuniskis, o head da marca americana.
O início do fim dos clássicos da Dodge começará no próximo ano, quando o carneiro da montanha anunciar um conceito híbrido plug-in, já indicado por teasers, como proposta para substituir os musculosos puristas bebedores de gasolina.
No fim de 2022, a versão de produção desse carro tomará forma na linha de montagem e pode ser o primeiro a impactar um segmento “imexível”. Pelo que indicou Kuniskis, o processo será delicado, pois, a Dodge quer abraçar quem decidiu se apegar à eletrificação.
Da mesma forma, quer convencer os radicais que se opõem à eletrificação e observam Kuniskis com um olhar nada amistoso, para dizer o mínimo…
Serão três novos carros e um deles é PHEV, como já se sabe. O chefe da Dodge fala em manter os nomes, mas como Challenger e Charger são próximos, ainda há dúvidas se os dois seguirão juntos.
Haverá um totalmente elétrico em 2024, o que deve levar a protestos (literalmente falando) quando o mesmo aparecer. Mas, surgirá um terceiro produto, que a Dodge não dá pista alguma.
Kuniskis diz: “O terceiro vai ser um carro muito, muito, muito significativo no final do ano”. Por ora, a única suspeita nos states é que o híbrido plug-in será um derivado do Durango, mas a marca diz que não.
É difícil imaginar a Dodge sem um SUV nos tempos atuais, mas não seria nada impossível se a marca quer reafirmar sua posição purista. O que se sabe oficialmente é o Fratzog, que surgiu no conceito do teaser e nos anos 60, não significa nada.
Bem, não será um novo logotipo ou submarca, apenas indicará quais carros serão elétricos no portfólio da marca, mas sem qualquer mudança na nomenclatura. Kuniskis fala que o visual dele é legal.
Agora, é observar os movimentos de Ford e GM, porque Mustang e Camaro também não estão seguros diante da mudança de era, que deve gerar mega feras com sabres devidamente energizados, que ainda levantarão muita fumaça… Pelo menos é que prometem.
[Fonte: Motor Trend]
Fonte: Agência Brasil
