A Renault apresenta e inicia a pré-venda do Kwid E-Tech Electric, versão 100% elétrica do supercompacto hatch. A marca afirma estar iniciando uma revolução na forma de enxergar veículos elétricos no país, mas escorrega em um fator, o preço exorbitante: R$ 142.990.
Apesar do valor exagerado, afinal estamos falando de um veículo urbano supercompacto – mesmo que elétrico –, ele consegue o título de “mais barato” do país, ou como costumamos afirmar, o menos caro. A Renault diz querer que mais consumidores brasileiros tenham acesso a um veículo 100% elétrico, só esqueceu de deixar o preço realmente acessível.
O grande porém do valor é que, na França – sob bandeira da romena Dacia, que faz parte da Renault –, o Kwid E-Tech, que por lá se chama Spring, custa 20 mil euros na versão mais cara, aproximadamente R$ 100 mil. Lembrando que, carro elétrico importado, que é o caso do hatch supercompacto, não incidi o imposto de importação, ou seja, ele poderia sim ser mais barato por aqui.
Visualmente falando, a única diferença entre o E-Tech para o Kwid à combustão é a grade frontal, que não existe no elétrico. A peça fechada conta com um desenho diferenciado, que até deixa o design do hatch mais elegante. No mais, é tudo idêntico. Por dentro, a única diferença é a ausência óbvia da manopla do câmbio, que no elétrico é automático.
Um ponto interessante é que, para não perder – o pouco – espaço interno por causa das baterias, o Kwid E-Tech tem apenas quatro lugares, o que deve até otimizar a área para os passageiros do banco traseiro. Além disso, o porta-malas manteve os bons 290 litros.
O supercompacto hatch utiliza um motor de 48kW, o equivalente a 65 cavalos (ou seja, mais fraco que o modelo à gasolina). A bateria tem 26,8kWh de capacidade o que, segundo a Renault, garante uma autonomia de 298 quilômetros no ciclo urbano de acordo com a norma SAE J1634 do Inmetro. A direção é elétrica como tem que ser neste tipo de veículo.
Ele conta com frenagem regenerativa permanente, que recupera energia a cada vez que se deixa de exercer pressão sobre o pedal do acelerador e, também, quando freia. A autonomia da bateria pode ser otimizada por meio do modo de condução ECO, que limita a potência em 33kW, a velocidade máxima em 100km/h e torna a frenagem regenerativa mais atuante.
O Kwid E-TECH é recarregado por meio de um conector localizado atrás da grade frontal, na altura do logo. A recarga pode ser feita em tomada comum, Wallbox de 7kW e em carregadores de corrente contínua (DC). Para carregar dos 15% até 80% da carga da bateria em DC são necessários 40 minutos, em um Wallbox são 2h54 e em uma tomada doméstica, 8h57.
Ele ainda vem com ar-condicionado manual (deveria ser automático e digital), travamento centralizado das portas por botão, vidros elétricos dianteiros e traseiros, ajuste de altura dos faróis, limitador de velocidade (com acionamento no volante), regulagem elétrica dos retrovisores e central multimídia Media Evolution
O sistema Media Evolution tem tela de sete polegadas, espelhamento de smartphone via Android Auto e Apple CarPlay, bluetooth e portas USB e AUX. O volante traz o botão “push to talk”, que aciona o comando para reconhecimento de voz (via smartphone), permitindo ativar e comandar o assistente iOS ou Google do celular.
Fonte: Diário do Poder
Fonte: Agência Brasil