Líder do segmento premium no Brasil, a BMW é agora uma “Stellantis” do mercado de luxo por aqui. A marca alemã festeja seu bom desempenho no país, onde viu suas vendas no primeiro semestre crescendo mais de 30%.
Com market share de quase 40%, a BMW viu seus concorrentes minguarem por aqui e, mesmo no ano da pandemia, em vez de perder como todo o setor automotivo, avançou quase 43% em 2020.
Então, diante de números tão positivos, a BMW reitera a aposta no Brasil. Alexander Wehr, CEO da empresa na região, disse: “Enquanto muitos países da região vão levar de dois a três anos para se recuperar, o Brasil é o único lugar do mundo onde já crescemos mais do que no período pré-pandemia”.
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Tendo aplicado US$ 1,5 bilhão nos últimos anos, a BMW vê o Brasil como um ponto de expansão importante na região da América Latina, onde lidera o segmento de luxo com 35%.
Tudo isso ainda sem aproveitar o potencial da fábrica da Araquari, em Santa Catarina. Pronta em 2014, a planta nacional pode produzir 36.000 carros por ano e isso é 50% acima do projeto original.
Contudo, mesmo após sete anos de operação, a unidade produziu somente 70.000 veículos, chegando a mandar mais de 10 mil (X1) para o mercado americano, por exemplo.
Atualmente, a instalação faz os modelos Série 3, X1, X3 e X4, que respondem por mais de 70% das vendas, que somente este ano já somam 5,6 mil carros até julho.
Nesse cenário, a BMW cogita ainda a introdução de novos modelos nacionais, assim como ampliar a exportação a partir do Brasil. Para quem ficou curioso, Wehr diz haver “boas chances” de vermos novos modelos híbridos e elétricos saindo de Araquari.
Wehr disse mais: “Temos linhas muito flexíveis, começamos a fazer elétricos em apenas uma fábrica em Leipzig e hoje já expandimos para outros lugares na Alemanha e outros países como China e México. Podemos fazer no Brasil também assim que houver demanda”.
Não por acaso, a BMW estará apresentando no mês que vem o BMW iX3 (fotos) em Munique, um modelo que potencialmente poderia ser feito em Santa Catarina. Além disso, rumores ainda falam de um Série 3 elétrico, provavelmente com a mesma propulsão.
Até o futuro BMW iX1 é outra possibilidade, assim como novas variantes híbridas desses produtos, especialmente com alvo no uso de etanol, o que a montadora já se prontificou em iniciar estudos relacionados com o uso desse combustível.
Com o futuro do Brasil indo em direção ao híbrido flex, a BMW tem a chance de acompanhar essa evolução como alternativa para mercados como a Índia, por exemplo.
[Fonte: Automotive Business]
Fonte: Agência Brasil