Aprovado na tarde desta quarta-feira (28), pela Comissão de Defesa do Consumidor, o projeto de lei nº 1320/20 institui que cinemas realizem, mensalmente, sessões adaptadas a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista. A matéria elaborada pelo deputado Robério Negreiros (PSD), prevê uma série de adequações para as necessidades especiais desses jovens.
As sessões não deverão veicular propagandas comerciais, as salas terão maior iluminação e os filmes terão volume sonoro reduzido e devem ser apropriados para as faixas etárias e especificações dos espectadores. Como forma de promover inclusão, as exibições não serão restritas aos que estão no espectro, familiares e acompanhantes, serão apenas preferenciais a esses grupos. As adequações não terão impacto no valor dos ingressos.
Negreiros explicou o porquê da necessidade de adaptações e afirmou acreditar que a matéria é uma forma de promover inclusão de um grupo invisibilizado a um serviço cultural importante. “Pessoas autistas têm questões de processamento sensorial que fazem com que estímulos como luzes e sons cheguem de forma diferente ao cérebro, às vezes mais fortes do que deveriam, o que, em alguns casos, acaba se tornando insuportável. A hiperatividade, a dificuldade de concentração, a necessidade de permanecer sentado durante muito tempo também tornam sessões convencionais desafios, por vezes, intransponíveis. O objetivo da presente proposição é ambientar e acolher essas crianças e adolescentes e fazer com que essa atividade seja uma extensão do processo de tratamento, para que evoluam e encontrem seu espaço na sociedade, além de conferir conforto e tranquilidade a todos, possibilitando a permissão de não prolongar a tensão própria e de seus familiares”, justificou o parlamentar.
Victor Cesar Borges (estagiário)
Imagem: Reprodução/TV Web CLDF
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