Participantes da audiência pública remota da Câmara Legislativa, na noite desta sexta-feira (19), defenderam a valorização do artesão e o fortalecimento do artesanato local. O evento foi transmitido ao vivo pela TV Web CLDF e pelo canal da Casa no Youtube.
“Nas mãos dos nossos artesãos, as cordas, telas, lãs e tecidos se tornam arte e herança cultural”, declarou o deputado Reginaldo Sardinha (Avante), ao cumprimentar os que exercem um ofício manual pelo Dia do Artesão (19). O parlamentar contextualizou que há cerca de dez mil trabalhadores manuais cadastrados no DF, atividade que abarca mais de oito milhões de pessoas no Brasil e movimenta a economia nacional.
Presidente da Frente Parlamentar de Defesa e Desenvolvimento do Artesanato da CLDF, Sardinha considerou que alguns passos foram dados em busca de reconhecimento e espaço para o segmento, a exemplo da Lei 6.423/2019, que regulamenta as Feiras Especiais de Artes (Feirartes) no DF.
Ao comentar que “Brasília é conhecida no País inteiro como um celeiro de grandes profissionais na área de artesanato e manualistas”, o secretário de Trabalho do DF, Thales Mendes, garantiu que um dos objetivos do governo é desburocratizar linhas de concessão de microcrédito, a exemplo do programa Prospera, a fim de fomentar atividades econômicas locais.
Por sua vez, a secretária de Turismo do DF, Vanessa Mendonça, enfatizou a importância dos canais de diálogos entre a Secretaria e os artesãos. Ela apresentou painéis expostos pela cidade em homenagem ao Dia do Artesão, feitos com artesãos locais. “Pensar em artesanato é humanismo porque essas pessoas perpetuam o saber da humanidade”, observou a secretária adjunta de Difusão e Diversidade Cultural, Solisângela Montes, que convidou os representantes de associações de artesanato presentes na audiência para uma reunião na Secretaria de Cultura.
Espaços de venda
Visibilidade e oportunidade para o segmento foi o apelo do presidente do Movimento Organizado para Valorização do Artesão (Mova-DF), Rubens Ferreira. Já a presidente do Sindicato dos Artesãos e Trabalhadores Manuais do DF, Sandra Madeira, reivindicou uma área específica para o artesanato local, como os polos e as feiras de artesanato existentes em outras localidades. Para a presidente da Rede Artesã, Lúcia Cruz, as associações precisam se unir para ter reconhecimento legal e pleitear espaços de venda.
Cruz lembrou que a ONU instituiu o dia mundial do artesão a fim de homenagear esse saber. “A data foi escolhida no dia de São José, que era um artesão”, explanou. Vários participantes da audiência agradeceram a oportunidade, como a vice-presidente da Associação Mundo dos Artesanatos, Keity Santos, e a artesã de Planaltina, Maria Aparecida Rodrigues. Ao final do evento, o deputado Sardinha homenageou diversos artesãos do DF com moções de louvor.
Franci Moraes
Fotos: Tony Winston/Agência Brasília
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa