Os sucessivos aumentos no preço dos combustíveis que culminaram na troca do presidente da Petrobras foram debatidos durante a sessão remota da Câmara Legislativa desta terça-feira (23). Para o deputado Chico Vigilante (PT), a situação é consequência dos “acordos” para tirar Dilma Rousseff do poder. Agaciel Maia (PL) lembrou que a estatal tem “uma função social”. Enquanto Delmasso (Republicanos) fez uma sugestão para que os reajustes cheguem às bombas dos postos.
“Os combustíveis têm sofrido majorações exacerbadas que vêm afetando, principalmente, a classe média, bem como o setor produtivo, pois os gastos maiores com transporte são transferidos diretamente ao preço dos produtos. Nenhum cidadão aguenta mais. Uma saída para o problema pode ser a criação de um fundo de controle de preços, a exemplo de outros países. Mas, para compor este fundo, o governo teria de cortar gastos”, discorreu Delmasso, informando que enviará a proposta ao Ministério da Economia.
Na avaliação de Vigilante, os reajustes são uma espécie de retribuição ao mercado pelo apoio ao “golpe” que gerou a atual conjuntura. “Não adianta o presidente espernear”, afirmou o parlamentar. Já o deputado Agaciel Maia destacou que o país tem visto os combustíveis praticamente dobrarem de preço em poucos meses. “A Petrobras tem sido vista como se fosse uma empresa privada, particular, e não tivesse a função social de uma empresa pública”, criticou.
Marco Túlio Alencar
Imagem: Reprodução/TV Web CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa