A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) da Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiu apoiar a nomeação de assistentes sociais aprovados em concurso público para a Secretaria de Desenvolvimento Social do DF. Em reunião extraordinária remota na tarde desta segunda-feira (28), o colegiado ouviu os aprovados e o sindicato da categoria, e prometeu intermediar o pleito junto às secretarias de Economia e Casa Civil do DF. A fim de agilizar a questão e minorar o “sofrimento das pessoas”, o presidente do colegiado, deputado Martins Machado (PRB), sugeriu uma agenda de reuniões com as secretarias da Casa Civil e de Economia.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (SINDSASC-DF), Clayton Avelar, existem mais de quatro mil cargos vagos no GDF. Ele argumentou que há uma demanda de 454 mil pessoas para o serviço de assistência social, que pode chegar ao dobro no cenário pós-pandemia. “É uma área essencial”, salientou a representante dos aprovados, Amanda Soares, posição reforçada pelos participantes do chat do canal da Casa no youtube. A reunião de hoje foi transmitida ao vivo pela TV Web CLDF.
Urgência na recomposição de quadros
A nomeação de servidores para reorganizar a política pública de assistência social no DF é fundamental, opinou o deputado Fábio Felix (PSOL), que também é assistente social. Segundo o parlamentar, há urgência em recompor os quadros em virtude da “defasagem enorme” na área, cujas “vacâncias vem de longo tempo”. O deputado destacou que a falta de assistentes sociais gera fragilidade na prestação de serviços à população, com potencial de aumento no pós-pandemia, situação que exigirá uma política de assistência social mais robusta.
Felix acrescentou que os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) são portas de entrada para uma série de serviços. O deputado Iolando (PSC) corroborou com esta posição, ao citar que os assistentes sociais realizam o cadastro único, serviço necessário às pessoas que precisam do Benefício da Prestação Continuada (BPC). Por esse motivo, para Iolando, o governo deveria priorizar a convocação dos assistentes sociais.
Franci Moraes
Foto: Reprodução TV Web CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa
