Em meio a uma intensa discussão e muitas críticas ao modelo de transporte público do Distrito Federal, a Câmara Legislativa aprovou, na sessão remota desta terça-feira (10), em primeiro, segundo turno e redação final, o projeto de lei nº 1.457/2020, de autoria do Poder Executivo, que abre crédito suplementar à Lei Orçamentária Anual no valor de R$ 25,885 milhões a serem repassados às empresas de ônibus. Os recursos foram remanejados de diversas áreas e seriam usados, por exemplo, para construir e recuperar abrigos nas paradas.
A matéria obteve 12 votos favoráveis e três parlamentares votaram contra: Júlia Lucy (Novo), Leandro Grass (Rede) e Prof. Reginaldo Veras (PDT). Estes parlamentares discordaram, entre outros aspectos, da falta de apresentação de dados concretos que justificassem o reajuste às empresas concessionárias, como pregou Lucy. Por sua vez, Grass argumentou que a CLDF estava dando “um cheque em branco” ao GDF. Por outro lado, o deputado Fábio Felix (Psol), favorável à matéria, apresentou emenda aditiva de segundo turno para que seja priorizado o pagamento dos rodoviários com os recursos que serão aportados. A medida foi acatada pelo plenário.
Mesmo considerando os problemas enfrentados pela população que utiliza o transporte por ônibus, o líder do governo na Câmara Legislativa, deputado Cláudio Abrantes (PDT), e o vice-líder, Hermeto (PMDB), defenderam a proposição. Já o deputado Chico Vigilante (PT), apesar das avaliações negativas ao sistema, destacou a necessidade de pagar os trabalhadores do transporte coletivo, especialmente da Viação Marechal, que hoje cruzaram os braços, fazendo com que mais de 450 veículos permanecessem no pátio da empresa ao longo do dia.
Marco Túlio Alencar
Foto: Reprodução/TV Web CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa