Em reunião remota nesta quarta-feira (2), transmitida ao vivo pela TV Web CLDF, a Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou dois projetos de combate à dengue. O primeiro, PL nº 1364/2020, do deputado Martins Machado (Republicanos), institui o método Wolbachia no controle biológico de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue e de outras doenças.
Estratégia do Ministério da Saúde, o método consiste em infectar o mosquito Aedes com uma bactéria chamada Wolbachia, que reduz a capacidade de o mosquito transmitir a dengue, zika e chikungunya, esclarece Martins Machado. Esse microrganismo, quando presente nas células do Aedes, não permite um bom desenvolvimento do vírus. O parlamentar reforça que o método foi implementado em doze países, sendo que no Brasil os primeiros testes foram realizados em Niterói (RJ) e, após os bons resultados, foi expandido para regiões de diferentes biomas, como Petrolina (PE) e Belo Horizonte(MG).
Ao destacar que o método é “seguro, natural e autossustentável”, Machado informa que o governo Federal já investiu cerca de R$ 22 milhões no Wolbachia. “Precisamos fortalecer a implementação do método a fim de aumentar a efetividade das ações de combate ao mosquito e diminuir o tempo de resposta no combate ao Aedes Aegypti, minimizando as dificuldades decorrentes da sazonalidade e os riscos de epidemia”, argumenta.
O relator da matéria na CESC, deputado Jorge Vianna (Podemos), lembrou que neste ano houve aumento de 55% no número de casos prováveis de dengue no DF comparado ao mesmo período do ano passado, além de chamar a atenção para o risco e a gravidade do vírus chikungunya e zica.
Cacos de vidro
Já o Projeto de Lei nº 590/2019, do deputado João Cardoso (Avante), veda o uso de caco de vidro em muros e paredes externas de edificações no DF, uma vez que esses cacos são habitat do mosquito Aedes Aegypti. O parlamentar explica que os cacos de vidro, afixados como medidas de segurança em muros e paredes, acumulam água da chuva e se configuram em criadores dos mosquitos. Por sua vez, o relator da proposta na CESC, deputado Delegado Fernando Fernandes (PROS), reforçou que o Ministério da Saúde tem oficialmente recomendado cuidados especiais com os cacos de vidros em muros nas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti.
Participaram da reunião da CESC os deputados Jorge Vianna (Podemos), Delegado Fernando Fernandes (PROS), Arlete Sampaio (PT), Prof. Reginaldo Veras (PDT) e Delmasso (Republicanos).
Franci Moraes
Fotos: Reprodução TV Web CLDF
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