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Audiência na CLDF defende visibilidade lésbica


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Em uníssono ao Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, celebrado amanhã (29), audiência pública remota da Câmara Legislativa tratou da realidade e condições de vida das lésbicas do Distrito Federal, mapeadas pelo Censo de Lésbicas do DF e Entorno, o LesboCenso. Com tradução simultânea em Libras, o encontro da noite desta quinta-feira (27) foi transmitido ao vivo pela TV Web CLDF e pelo canal da Casa no Youtube.

O mediador do encontro, deputado Fábio Felix (PSOL), defendeu maior espaço para a diversidade no Legislativo local e a importância dos dados e informações para tirar as lésbicas da invisibilidade e do silenciamento. Com esse propósito, as representantes da Associação Lésbica Coturno de Vênus, Melissa Navarro e Iara Alves, apresentaram o Censo de Lésbicas do DF e Entorno, o LesboCenso, instrumento usado para mapear a realidade das mulheres lésbicas a fim de recolher informações e subsidiar  formulação de políticas públicas voltadas ao segmento.

De acordo com o LesboCenso, 83% das mulheres que responderam a pesquisa afirmaram já ter sofrido algum tipo de violência por serem lésbicas, a lesbofobia. “Existir e resistir na arena pública” foi o apelo da representante do Coletivo Ação Lésbica Feminista do DF, Raquel Mesquita, ao frisar que sem dados oficiais “o Estado se torna míope”.

Governo – Em nome do GDF, participaram da audiência secretários adjuntos das pastas de Desenvolvimento Social, da Saúde, da Mulher, de Educação e da Segurança Pública. O secretariado presente se mostrou interessado em trabalhar com os dados do LesboCenso, a exemplo do representante da Secretaria de Educação, Dymas Júnior, e da responsável pelo enfrentamento à violência na Secretaria da Mulher, Irina Storni.

A diretora de estudos e políticas sociais da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), Daiane Machado, reconheceu que há poucos dados oficiais disponíveis sobre a população lésbica, os quais, inclusive, são restritos e limitados. Por outro lado, disse que é intenção do órgão suprir essas lacunas nas próximas pesquisas. A representante da Secretaria de Saúde, Denise Ocampos, defendeu a transversalidade de gênero na política nacional de saúde da mulher, bem como uma linha de cuidados para a população LGBT. Voltado a esse público, a secretária adjunta de Segurança Pública, Rosineide Sá, destacou as políticas internas de sensibilização e respeito na abordagem policial, e os programas de segurança preventiva.

Por sua vez, a secretária executiva de Desenvolvimento Social do DF, Ana Paula Marra, considerou que “o histórico patriarcal de heteronormatização vulnerabiliza e inviabiliza mulheres lésbicas”, e argumentou pela importância de políticas públicas que as alcancem. Nesse sentido, um dos principais encaminhamentos da audiência foi uma agenda de reuniões entre os movimentos e as secretarias.

Frente – Ao final do encontro, Fábio Felix convidou os movimentos para a reunião de organização e lançamento, no próximo dia 3, da Frente Parlamentar em Defesa da População LGBTI+ da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

Franci Moraes
Imagem: Reprodução TV Web CLDF
Núcleo de Jornalismo – Câmara Legislativa

 

Fonte: CLDF

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